Depois do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga ter apelado ao contributo de diversos empresários para poder proceder à recuperação dos três hospitais que constituem o CHBV (Aveiro, Águeda e Estarreja) o PP pede esclarecimentos ao Governo.
Alegando o subfinanciamento do CHBV, "o presidente do Conselho de Administração fez este apelo porque as estruturas físicas e os equipamentos dos três hospitais precisam de reabilitação tendo, segundo declarações suas, a maioria dos seus equipamentos mais de 12 anos ou 15 anos, pelo que estão obsoletos e descontinuados e se houver necessidade de substituir componentes que avariem, já não existem”.
"Acresce a necessidade de substituição de caixilharias e telhados, bem como a aquisição de um novo equipamento de Raio-X". Relativamente aos equipamentos, acrescentou, ainda, que “excluindo os equipamentos de valor inferior a 25 mil euros, cuja substituição consideramos como despesa corrente, temos uma listagem de cerca de 50 equipamentos a necessitar de substituição, o que representa um investimento superior a 16 milhões de euros”.
Tendo em conta que o Orçamento do Estado para 2017 previu uma verba de 66.668.676 euros para o CHBV, "fácil será concluir que este Centro Hospitalar não tem condições para proceder às reabilitações de que necessita".
Neste sentido, os deputados do CDS-PP João Pinho de Almeida e António Carlos Monteiro, eleitos por Aveiro, e Isabel Galriça Neto e Teresa Caeiro, da Comissão de Saúde, entendem ser pertinente obter um esclarecimento do Ministro da Saúde.
"Em quatro questões, os deputados perguntam ao responsável pela pasta da saúde se tem conhecimento das diversas necessidades de reabilitação com que o CHBV se depara e se confirma que, só relativamente aos equipamentos de valor superior a 25 mil euros, este centro hospitalar tem cerca de 50 equipamentos a precisar de substituição, representando um investimento superior a 16 milhões de euros.
Os deputados questionam também se, tendo em conta estes factos, o ministro considera proceder, ainda este ano, a um reforço de verbas para o CHBV e se, com as diversas necessidades de substituição de equipamentos já obsoletos e descontinuados, está, de algum modo, ameaçada a prestação de cuidados de saúde à população abrangida pelo CHBV".