Durante a manhã de hoje foi feita a demolição de um "conjunto de construções velhas e ilegais", junto ao Canal de S. Roque, numa operação que "permitiu terminar com um antigo passivo urbano, ambiental e social, de ocupação irregular e insalubre de uma parcela de terreno que vai agora ser qualificado e integrado em espaço público".
Esta operação que respeita à habitação da Família Chipelo (conhecidos em Aveiro pelo nome popular dos “Moles”), teve uma primeira fase com o realojamento há mais de doze anos de alojamento de elementos do agregado familiar no Bairro de Santiago, outra fase em 2019 com o alojamento de outros elementos do agregado familiar também no Bairro de Santiago, tendo decorrido até ao momento a negociação da saída definitiva dos restantes elementos do agregado familiar (que eram e são utilizadores de uma habitação social no Município de Estarreja), e aconteceu agora após o falecimento, no final do ano passado e com 93 anos, do Ancião da Família que ali habitava.
O processo agora consumado "teve um acordo extrajudicial no âmbito de um processo judicial em curso, assumindo duas empresas privadas envolvidas no processo de loteamento da zona em causa e da edificação de prédios de habitação em terrenos contíguos, o pagamento à Família Chipelo de um valor de 30.000€".
"A CMA assumiu a gestão e os custos da demolição e limpeza do terreno, que vai agora, na sua maior parte, ser urbanizado pela empresa GIC (responsável pelo loteamento da zona, com alvará emitido no ano 2000) para entregar à CMA como espaço público pedonal. A GIC pode agora executar a obra há muito pendente da disponibilização do terreno após a demolição das referidas construções, que foi assumida pela CMA e hoje cumprida: a referida obra vai iniciar-se nas próximas semanas", é referido em comunicado.
Uma outra parte do terreno em causa hoje limpo, vai agora ser disponibilizado aos Escuteiros da Vera Cruz para a edificação da sua Sede, utilizando uma construção referenciada aos antigos Palheiros de madeira.