Competitividade, capital humano e sustentabilidade são os pilares da Estratégia Integrada e Plano de Ação da Região de Aveiro para a década.
Águeda recebeu mais uma das sessões de apresentação dos documentos e o responsável pela estratégia afirma que as linhas prioritárias definidas são “multifundo e competitivas”.
Filipe Teles, Pró-Reitor da Universidade de Aveiro e responsável pela definição desta estratégia, diz que o processo passou por auscultação dos municípios e “perceber quais são as necessidades à escala municipal, qual o relevo que podem ter à escala intermunicipal e ‘casar’ isso com as prioridades identificadas na área da CIRA”.
Neste momento, o processo está numa fase “em que transformamos este programa estratégico num plano de ação, com as áreas que vão ser mobilizadas até 2030”.
Filipe Teles aponta que “a região de Aveiro continua a apostar num conjunto de áreas fundamentais: competitividade (que contribui para o desenvolvimento da região Centro), pessoas (estratégia de requalificação dos recursos humanos), e o pilar da sustentabilidade”.
Com as linhas estratégicas assumidas pelos 11 municípios, estão a ser definidos os planos de ação para serem aplicados até 2030.
A Câmara de Águeda acolheu, esta segunda, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a sessão de divulgação do Programa UNIR@RegiãodeAveiro, da Estratégia Integrada e do Plano de Ação da Região de Aveiro 2030.
Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, salientou que “este espaço de apresentação de ideias e de opiniões é absolutamente fundamental neste processo, nesta estratégia até 2030 na região de Aveiro”, uma região verdadeiramente “unida, com pensamento coeso e com cada autarca defensor dos interesses do seu concelho integrados numa região”.
“Esta estratégia não é definida para os fundos (comunitários)”, disse ainda, acrescentando que se trata de um conjunto de investimentos “determinantes para o desenvolvimento da região”, que vão para além das oportunidades que estão disponíveis nos fundos.
O presidente do Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro, Ribau Esteves, frisou que a Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial 2030 tem uma caraterística diferente no quadro das negociações para a gestão dos próximos fundos comunitários, porque “cativa um valor para executarmos”.
Neste enquadramento, a CIRA terá direito a um “pacote financeiro”, que “andará num intervalo entre os 90 e os 140 milhões de euros”, e que deverá ser executado com base num conjunto de projetos, que irão ser apresentados pelos 11 municípios que compõem a CIRA.
Mantêm a sua elegibilidade a fundos as tipologias clássicas, nomeadamente no que se refere à requalificação do parque escolar (com prioridade para o pré-escolar e 1.º ciclo, embora haja financiamento para EB 2,3 e Secundárias), à rede de cuidados primários de saúde; a uma área “muito grande para a qualificação urbana e com os corredores verdes urbanos, as questões da mobilidade suave e modos pedonais e cicláveis”.
As zonas industriais ou de localização empresarial, os equipamentos culturais e desportivos, as operações ligadas à rede de distribuição de água em baixa e águas pluviais, transição digital e climática, programa de combate ao abandono escolar e insucesso educativo, assim como apoios à proteção civil e bombeiros (proteção pessoal e aquisição de viaturas, entre outros), bem como promoção turística são áreas em que poderão ser apresentados projetos à escala intermunicipal e municipal.
“O Município de Águeda revê-se, encaixa-se e implementa as orientações definidas no âmbito desta estratégia”, concluiu Jorge Almeida.
Esta terça a sessão de apresentação decorre em Albergaria, às 17h30, no Auditório da Biblioteca Municipal local.
Para amanhã, quarta, fica a sessão reservada a Ílhavo, às 17h30, no Salão Nobre da Câmara de Ílhavo.