O presidente da Câmara de Aveiro afirma que é necessário mais investimento na ria de Aveiro e as dragagens sendo investimento importante não resolvem todos os problemas.
Ribau Esteves alertou para a importância de se assumir no âmbito do quadro de Fundos Comunitários Pós-2020 e no Plano Nacional de Investimentos, PNI 2030, “mais investimento na Ria de Aveiro, para que possamos ter mais operações de qualificação, de valorização e de desassoreamento de que a Ria de Aveiro está tão necessitada”.
O também Administrador da Polis e Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) falava no seu discurso de celebração do 10.º aniversário da constituição da Polis Litoral Ria de Aveiro e de assinatura do contrato de desassoreamento da Ria.
O contrato para a dragagem da laguna foi adjudicado por 17,5 milhões de euros às empresas ETERMAR – Engenharia e Construção S.A., Manuel Maria de Almeida e Silva & CIA. S.A. e Rhode Nielsen AS – Sucursal em Portugal e aguarda agora visto do Tribunal de Contas para que se possam dar inicio aos trabalhos.
Apesar da importância do contrato e de se tratar “da maior obra da Polis Ria de Aveiro, em envergadura física e financeira, e em importância de múltiplas valências”, o Presidente da CIRA sublinhou o tempo a mais para se chegar ao dia de hoje, foram “dez longos anos de luta e de trabalho, após 1.500.000€ de investimento em projetos, após a realização de estudos muito importantes e de vários absurdos dispensáveis que tivemos de gerir e de ultrapassar. E tudo devia ter acontecido em muito menos tempo”, tendo em conta “a pegada ecológica muito negativa por tão demorado percurso”, referiu.
O desassoreamento de um milhão de metros cúbicos de sedimentos numa extensão de 95 quilómetros prevê um conjunto de operações para dragagem dos fundos dos canais da Ria de Aveiro e deposição dos respetivos sedimentos em margens e motas para reforço de zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas.
O autarca agradeceu a diferentes Governantes, de Sócrates a Costa, passando por Passos Coelho, Ministros do Ambiente, autarcas e administradores Polis.
Pediu atenção à criação de um novo ciclo Polis agora que a sociedade está em extinção e reafirmou interesse em assumir novas áreas de gestão.
“Apostámos em ter o Polis da Ria de Aveiro como o impulso final para a entrega da gestão da Ria de Aveiro às suas gentes usando a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro como instrumento.
Mau grado os discursos dos governantes, vai acabar mais uma legislatura com a triste constatação de que nada mudou a esse nível”.