Com bombeiros ainda no terreno, apenas por medida preventiva, a madrugada encaminhou os focos de incêndio para a resolução e para operações de rescaldo.

O de Santo André, no concelho de Vagos, está em resolução e o de Vale de Cambra em fase de conclusão. A chuva da madrugada e a descida das temperaturas acabou por garantir um apoio decisivo no combate.

Aveiro viveu horas difíceis no fim de semana sobretudo na área nascente, nas frentes de Requeixo, Mamodeiro e Eirol. O presidente da Câmara diz ter vivido o momento mais difícil em duas décadas como autarca.

Ribau Esteves explica que está no terreno uma comissão criada para avaliar os prejuízos e fazer o levantamento das situações prioritárias. Uma casa ficou destruída e o centro logístico da Moviflor foi consumido pelo fogo próximo do acesso à A1.

“Tivemos uma perda de 100% no centro logístico, perdemos uma habitação e há muitas com prejuízos em currais e anexos. Pequenas unidades industriais ficaram destruídas. E há a área florestal ardida com culturas como a vinha. Estamos a fazer esse levantamento com os interessados. Uma equipa interna fica formalmente constituída esta terça. Vamos tentar ajudar com fundos nacionais e Europeu e vamos criar um fundo municipal específico. E tivemos destruição de património municipal mas sem grande monta que iremos repor”.

O autarca que lidera a Região pede respostas eficazes ao Governo. Num discurso que acentuou a solidariedade entre Municípios, Ribau Esteves lembra que há medidas mais do que debatidas que já deveriam estar aplicadas no terreno.

A organização da floresta, o investimento na prevenção e no combate são temas recorrentes que dependem de capacidade de execução. O autarca afirma que é tempo de acabar com conversas estéreis.  (com áudio).