Miguel Viegas, candidato da CDU às próximas eleições legislativas, acompanhado de Ana Valente e David Silva, esteve reunido com o Movimento Juntos Pelo Rossio. O encontro serviu para "reafirmar a posição da CDU contra a construção do parque subterrâneo e avaliar medidas a tomar para tentar evitar uma verdadeira aberração urbanística e ambiental no concelho de Aveiro".
A CDU opôs-se desde a primeira hora à construção deste parque. Na Assembleia Municipal de Aveiro, a questão foi levantada por diversas vezes pelos seus eleitos "procurando introduzir algum bom senso no debate e na procura de soluções alternativas para a crescente pressão sobre toda a área da Beira-Mar. Como está amplamente demonstrado, não existe nenhuma escassez de estacionamento para aquela zona, com a sub-ocupação dos diversos parques envolventes, com particular destaque para o Fórum e para a Praça Marquês de Pombal. Este projecto, para além de carecer de qualquer racionalidade económica, constitui igualmente uma afronta à necessidade consensualizada de alterar o actual paradigma de mobilidade assente na hegemonia do transporte automóvel individual". Neste sentido, Miguel Viegas deixou ficar clara que a CDU "partilha da necessidade de uma solução que faça diminuir a pressão automóvel sobre o Rossio e áreas circundantes com uma forte aposta no melhor aproveitamento dos estacionamento existentes e na promoção dos acessos ao centro com eventual reforço do transporte colectivo se necessário".
Miguel Viegas aponta para as fragilidade do estudo geológico que denuncia de forma clara o "contacto desfavorável" da obra que já terá feito duplicar o custo da obra. O argumento de ser um investimento privado "também não colhe uma vez que estão previstos investimentos de 1,5 milhões de euros de fundos públicos para financiar infraestruturas conexas ao parque de estacionamento subterrâneo". Finalmente, "subsistem dúvidas sobre o uso de fundos comunitários nos investimentos realizados à superfície como se estas pudessem ser dissociadas do parque subterrâneo". "Na realidade, estão em causa fundos comunitários cuja utilização deveria estar vinculada à transição ecológica hipocarbónica, mas que assentam numa aberração urbanística e ambiental que importa travar o quanto antes. A CDU em conjunto com a população e com o movimento 'Juntos pelo Rossio' continua mobilizada para este combate".