Vagos esclarece que o Museu do Brincar não acabou e não vai deixar o Município.
Depois do clamor pelo anúncio da retirada do espólio que se encontrava no mercado e do encerramento do espaço, a autarquia explica que o imóvel apresenta, atualmente, “infiltrações e outros problemas de ordem estrutural que estão a comprometer a integridade e a conservação do espólio exposto e armazenado”.
Recusa responsabilidade no encerramento por cerca de um ano de obras mas diz que a obra é fundamental.
Explica, ainda, que este quadro deixa de justificar a manutenção da atual parceria de apoio técnico especializado com o Grupo Cénico Arlequim, tal como tem vindo a vigorar no âmbito do contrato de municipalização do Museu do Brincar celebrado em janeiro de 2023.
O Município de Vagos anuncia que vai “encetar de imediato os procedimentos necessários à elaboração dos projetos de reabilitação e adaptação daquele edifício municipal, de forma a albergar condignamente o Museu do Brincar, incluindo a criação de novos espaços para exposições temáticas, bem como de novos espaços interiores e exteriores dedicados ao brincar”.
A direção técnica assegurada por Carlos Rocha e pela curadora Ana Barros que recebia um valor anual deixa de receber durante o período em que para a atividade do museu.
Fica também registo de um ambiente crispado por aquilo que a autarquia define como “demora na catalogação e inventariação do espólio adquirido aquando da outorga do contrato de municipalização do Museu do Brincar”.
A autarquia diz que esse trabalho deverá estar concluído até 31 de março de 2026e que depois dessa data será contratada uma entidade externa para proceder à avaliação do inventário das peças adquiridas e da respetiva coleção.
O Museu chegou a funcionar no palacete Visconde Valdemouro que está em obras e transformação em sala cultural e passou para o mercado que também vai para obras.