Câmara de Ovar descarta responsabilidade na deposição ilegal de resíduos em lixeira na área florestal.

Na sequência de uma notícia veiculada pela Quercus Aveiro, "sobre uma eventual lixeira" no Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, a Câmara Municipal de Ovar assegura que "nunca foi solicitado qualquer esclarecimento pela Quercus ao Município" sobre este assunto, sublinhando que "combate diariamente a deposição ilegal de resíduos nas florestas e outros locais públicos, tendo em permanência duas equipas de recolha de resíduos na via pública, contratado um serviço de recolha domiciliária de RCDs (Resíduos de Construção e Demolição) e RCDAs (Resíduos de Construção e Demolição com Amianto) disponível para os munícipes e tem em curso a adjudicação da recolha de entulheiras em espaços públicos e florestais".

Adianta que "trata-se de um antigo estaleiro municipal 'Areeiro' licenciado como operador de gestão de resíduos até 2017, sob o alvará 25/2012/CCDR, espaço que vinha a ser utilizado, em depósito controlado, há mais de 30 anos (...) localizado num espaço industrial e parcialmente em florestal existente, compatível com o uso de instalação de equipamentos públicos técnicos, tendo servido de estaleiro municipal adjacente a armazém municipal e zona industrial, não se inserindo em solos de REN ou RAN, à data de licenciamento".

A autarquia vareira refere que o estaleiro "encontra-se desativado, tendo sido, ao longo dos anos, alvo de permanentes deposições de resíduos clandestinos por parte de terceiros que abusivamente acederam às instalações para abandono de resíduos, estroncando a vedação, que já foi novamente reposta".

A Câmara Municipal de Ovar procedeu recentemente a uma nova limpeza do espaço e procura financiamento para a reabilitação da área.