Saldo financeiro "positivo" na Câmara de Aveiro que encerrou as contas de 2016 com "resultados positivos" (13.8 milhões de euros).
Hoje, na reunião pública do Executivo Municipal, Ribau Esteves, líder autárquico, disse que "foi possível", ainda sem o Plano de Ajustamento Municipal (PAM), "abater mais 16.3 milhões de euros da dívida", que ficou fixada em 105.3 milhões de euros.
No ano passado foi possível "o arranque da execução dos fundos comunitários e trabalho nos melhoramentos viários e cooperação com as Juntas de Freguesia", frisou. A Câmara "ficou capacitada para continuar a reforma estrutural e ter uma gestão financeira capaz de explorar a oportunidade dos fundos europeus", vincou o autarca.
O vereador do PS, João Sousa, criticou a opção da maioria de colocar os munícipes durante três anos ao abrigo do PAM sem estar aprovado.
Rita Encarnação, Vereadora independente, criticou, também, a evolução da carga fiscal, "que nunca foi tão alta", encontrando aí a justificação para os resultados operacionais apresentados pela autarquia aveirense.
O Executivo Municipal deliberou aprovar o Relatório de Gestão, Prestação de Contas, Balanço Social e Inventário de Bens Direitos e Obrigações Patrimoniais e Respetiva Avaliação relativo ao ano de 2016.
O destaque vai para o resultado operacional positivo de 13.883.741€, uma redução da dívida total em mais de 16,3 M€, representando cerca de 13% de redução, fixando o seu valor global em 105,3 M€ representando o universo municipal e participadas cerca de 7,1 M€.
O Relatório de Gestão e a Prestação de Contas da CMA revela uma execução financeira de 9.511.780 € no que respeita às Grandes Opções do Plano, de 38.965.961 € no que respeita ao Orçamento da despesa e de 67.299.637€ no que respeita ao Orçamento da receita em termos de valor cobrado líquido.
“O caminho percorrido é muito importante e foi muito capacitador para a caminhada que temos pela frente, de resolução de problemas, de conquista de oportunidades, de atingir a excelência na gestão e a plenitude na execução do Programa de Ajustamento Municipal que temos em mãos para resolver definitiva e estruturalmente a grave situação financeira e organizacional em que encontrámos a CMA em outubro de 2013”, resume a autarquia.