A Câmara Municipal de Aveiro anuncia que está a iniciar a execução do projeto de qualificação urbana do Rossio, após ter escolhido a ideia base que preside a esse trabalho no âmbito de um concurso público.
A área de intervenção integra as Pontes, a Ponte-Praça General Humberto Delgado, a Rua João Mendonça, e o Rossio propriamente dito até à nova Ponte de São João, incluindo as Ruas João Afonso de Aveio e Adelino Amaro da Costa.
"A opção política assumida é a de dar a Aveiro uma Praça Urbana de elevada qualidade, que conjugue um espaço livre e grande para a realização de eventos e para espaço de encontro das pessoas, deviamente conjugado com espaços verdes e a presença de árvores, numa organização que valorize devidamente a frente-Ria, do Canal Central e do Canal das Pirâmides". "Dar muito mais espaço à utilização pedonal alargando passeios e criando novas zonas de estar e de circular com qualidade, condicionar a circulação automóvel, organizar o estacionamento numa área de menor valor e sem impacto na paisagem urbana, resolver os problemas de segurança conferindo um bom ambiente de segurança passiva, são objetivos assumidos nesta aposta de qualificação".
Na 'versão' da autarquia, o projeto do Rossio "vai apostar de forma prioritária, nos valores culturais e ambientais em presença, eixo central da política de promoção e de crescimento turístico que temos estado a implementar".
Na vertente cultural pretende "dar presença na nova Praça às ruínas da velha Igreja de São João, que existiu no Rossio de 1607 a 1910, e valorizar a leitura da fachada urbana do Rossio, entre as Pontes e a ponte de São João, rica de qualidade urbana e tipicidade em muitos dos seus elementos, com destaque para os edifícios Arte Nova. Aveiro Cidade Arte Nova é uma aposta a crescer".
No 'ambiente' querem "valorizar a frente-Ria, melhorando a sua perceção por toda a zona do Rossio, intensificando a relação entre a terra e a água da Ria de Aveiro, apostando no modo de mobilidade elétrico para as embarcações".
Prometem "qualificar infraestruturas existentes, nomeadamente, parque arbóreo e espaços verdes, iluminação pública, acessibilidade rodoviária e estacionamento automóvel".
"Vamos também instalar novas infraestruturas: zona de pequenas lojas, bateria de instalações sanitárias, rede de distribuição de energia elétrica de abastecimento nos cais aos motores elétricos dos Moliceiros e outras embarcações", é referido em comunicado.
No âmbito deste projeto "vão ser realizados estudos técnicos de diferente condição, fundamentais para o apoio à tomada de decisão de várias componentes do projeto, nomeadamente ao nível da geotecnia (análise da capacidade de carga dos solos), do estudo de tráfego, prospeção arqueológica, entre outros, cuidando sempre da dimensão financeira do investimento que queremos seja devidamente sustentável, com a eventual participação de entidades privadas no caso de se avançar para a construção e a exploração de um parque de estacionamento automóvel em cave".
À qualificação do Rossio "vai seguir-se a qualificação urbana do denominado Bairro da Beira-Mar, sendo que vários dos estudos que agora se vão realizar, como o estudo de tráfego e de procura de estacionamento, já vão ser executados com a abordagem a essa área urbana importante e delicada".