A Câmara de Aveiro anunciou recentemente que "isentará as taxas" ao Festival Tugafest de São Jacinto, num valor superior a 10 mil euros.
O Bloco de Esquerda contesta a isenção e pede o "reforço de investimento na Freguesia de São Jacinto e o reforço das carreiras de Ferry". Referem os responsáveis do BE, em comunicado enviado à Redacção Terra Nova que a autarquia "cobra taxas a Associações sem fins lucrativos, nomeadamente para questões simples como a cedência de salas para iniciativas ou reuniões. Neste caso, para um Festival 'comercial', o executivo de Ribau Esteves decide não cobrar qualquer taxa e prescindir de mais de 10 mil euros. É uma questão de perda para o erário público e de justiça social devido à discriminação para com outros eventos e Associações. A situação é tanta mais grave já que o executivo PSD/CDS-PP aumentou grandemente o IMI e tem previsto novo aumento para 2016", é referido.
O Bloco de Esquerda questiona ainda o modelo do Festival que, "para além da animação musical, tem também a sua área própria de restauração e bares. Este modelo de auto-suficiência é certamente útil para aumentar a lucratividade do Festival, mas poderá ser negativa para a actividade dos restaurantes, bares e cafés de São Jacinto. O Bloco espera que os agentes económicos locais não sejam excluídos do Festival", pode ler-se.
A Câmara "reduziu o 'número de Ferrys', em particular a última carreira da noite e pretende privatizar a MoveAveiro. Para o Festival as carreiras serão reforçadas. São Jacinto não pode ser tratado como uma estância de férias. A sua população merece respeito e o acesso aos serviços públicos todos os dias".