O Bloco de Esquerda antecipa um cenário caótico no distrito de Aveiro com a crise económica que surge agregada à pandemia.
A crise de saúde pública está a dar lugar a uma crise social e económica e para o BE não é apenas pela redução da atividade económica “mas também pelo comportamento de muitas grandes empresas que em plena epidemia decidiram despedir muitas centenas de trabalhadores, em particular os mais desprotegidos, como o caso dos temporários”.
Os deputados eleitos por Aveiro dizem estará receber “dezenas de denúncias” sobre situações de lay-off, “despedimentos massivos, pressões sobre os trabalhadores para gastarem os seus dias de férias ou para ficarem a dever horas à empresa, dispensa de estagiários sem remunerações, até tentativas de recusar baixa médica a trabalhadores especialmente vulneráveis”.
Cita exemplos de dispensa de trabalhadores temporários na Faurécia (450 trabalhadores temporários), Gestamp (250), Molaflex (150), Kirchhoff (100); ERT Têxtil (50 trabalhadores), Bosch Ovar (dispensa de estagiários).
Em defesa dos rendimentos o BE diz que é necessário proibir despedimentos, obrigar as empresas a retomarem a vigência dos vínculos precários que fizeram cessar desde 18 de março (data da declaração estado de emergência), designadamente para beneficiarem de apoios de qualquer tipo; reduzir para metade (de 1 ano para 6 meses de descontos) o prazo de garantia para acesso ao subsídio de desemprego; alargar o apoio previsto em caso de suspensão da atividade e dos contratos também aos gerentes e administradores em exercício pequenas e micro empresas; apoio direto às micro e pequenas empresas, para evitar endividamento à banca; cessação das obrigações de pagamento pelo Estado das compensações às Parcerias Publico Privadas, como as rodoviárias, pela perda de rentabilidade e proibição da distribuição de dividendos.