O Bloco de Esquerda manifesta-se contra o encerramento de balcões dos CTT no distrito de Aveiro e diz que a gestão deste serviço público era o que se esperava quando foi desencadeado o processo de privatização da empresa.
Aponta o dedo ao Governo de Passos Coelho pelo processo de privatização e crítica a política de distribuição de lucros numa empresa que não investe no reforço do serviço.
“Em 2013, os CTT deram 61M€ de lucro e os acionistas privados distribuíram 60M€ entre si; em 2014, ficaram com 70 dos 78M€ de lucro; em 2015 apropriaram-se de 71 dos 72M€ de lucro; em 2016 distribuíram entre si 74M€ apesar de os CTT terem lucrado ‘apenas’ 62M€”, acusa do BE.
O BE afirma que neste quadro não há razões que justifiquem o argumento da reestruturação quando o lucro tem sido todo absorvido pelos acionistas privados.
“Não se pode, por isso, aceitar que os CTT pretendam encerrar mais 22 balcões de correio em todo o país, voltando a reduzir a presença deste serviço público e abandonando populações que precisam destes balcões para diversas operações, como o envio de cartas, a receção de encomendas, o pagamento de portagens ou de outras contas, ou o levantamento dos vales referentes a reformas e outras prestações sociais, por exemplo”.
Moisés Ferreira exige ao Governo que tome medidas para evitar os encerramentos defendendo que os CTT “têm que respeitar o seu dever de serviço público”.