Falta de meios e falta de estratégia colocam a resposta aos comportamentos aditivos em risco.
O Bloco de Esquerda diz que é necessário atuar no reforço de meios do Centro de Respostas Integradas de Aveiro vítima do desinvestimento saúde.
“Este desinvestimento é incompreensível, como é incompreensível que se mantenha a indefinição sobre a estrutura e sobre a estratégia para as dependências e comportamentos aditivos. Ela tem de ser apresentada pelo Governo e devem ser dadas instruções para que a ARS Centro proceda à contratação de profissionais, sob risco de se registarem, a muito curto prazo, encerramento de serviços que são da maior importância para apoiar e tratar as pessoas com dependências”.
Este espaço cuida de respostas na área da prevenção das adições e da prestação de cuidados integrados em ambulatório a pessoas com dependências.
Sentiu, segundo o BE, o fim do antigo IDT, durante a governação PSD/PP, e a falta de uma estratégia para o setor prometida pelo Governo Costa mas à espera de ver a luz do dia.
O BE reuniu com a estrutura local e conclui que existe urgência na resposta ao reforço de meios.
“A falta de profissionais está a levar os serviços a uma situação de rutura e há mesmo a possibilidade de ter de encerrar serviços, o que seria inqualificável”.
O deputado denuncia que serviços com a unidade de internamento de alcoologia tiveram que reduzir a sua capacidade de internamento de 30 para 15 e o aumento das listas de espera para 4 meses por uma consulta médica e cerca de 3 meses para ter uma vaga em internamento.
“Estes tempos de espera são especialmente maus quando estamos a falar de pessoas com dependências que na maior parte das vezes demoram muito tempo a admitir a necessidade de ajuda. Quando a admitem e ganham coragem para a solicitar, essa ajuda tem de ser célere. Obrigar a meses de espera é levar muitas dessas pessoas a desistirem do tratamento de que necessitam”.