Portugal precisa de reforçar os quadros da Polícia Judiciária para o dobro dos inspetores existentes e que não chegam a mil e Aveiro é um dos casos em que o reforço deve apostar no rejuvenescimento das equipas e no reforço de meios que foram afetados pelo congelamento de concursos.
Deputados do BE reunidos, esta quarta, com a direção de Policia Judiciaria de Aveiro, confirmam que há necessidade de fazer esse investimento uma vez que boa parte dos inspetores está acima dos 50 anos. Moisés Ferreira assume que a renovação de quadros é essencial (com áudio).
José Manuel Pureza e Moisés Ferreira assumem que o crime económico surge como uma das áreas a exigir mais meios e cada vez mais especializados.
“O crime económico continua a ser área de grande preocupação e prioridade da PJ. Tem que continuar a ser uma prioridade clara tendo em conta que a sofisticação do crime económico vai aumentando. O apetrechamento de meios humanos e formação foi assumida pela PJ de Aveiro”.
Não foram registadas queixas ao nível das instalações e o futuro da PJ em Aveiro parece estar assegurado. Os deputados dizem que além dos resultados justificarem a operação, não há margem para mais racionalização de meios.
“Não falamos do encerramento até porque é essencial que este departamento exista. Isso não está em cima da mesa”, referia Moisés Ferreira num comentário sobre notícias do passado que colocavam em causa a continuidade daquele departamento.
José Manuel Pureza assume que quando se fala em racionalização se fala em cortes. “Quando oiço falar em fusão de recursos soa-me a uma música que é comprimir mais o que existe. O funcionamento da PJ é adequado. Não há meios de perícia sofisticada espalhados pelo país. A racionalização está feita. Não se pode exigir mais racionalização se isso for igual a corte”.