Aveiro decide hoje o futuro do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso.
Reunião extraordinária analisa as sugestões e criticas apresentadas ao documento e o encontro promete ser um dos mais quentes dos mandatos de Ribau Esteves com a presença de candidatos autárquicos em reunião de Câmara para tentar travar o PP que vai abrir caminho à construção de uma unidade hoteleira na principal porta de entrada na cidade.
Encontro às 16h30 para deliberar sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e a alteração ao Regulamento Urbanístico do Município de Aveiro.
Esta Reunião terá caráter público e incluirá uma sessão de audição pública, prevista para as 17h30, possibilitando a participação dos cidadãos interessados.
O documento esteve em consulta pública, em Agosto, e desse momento resultam 44 participações.
BE, IL, PS e Chega assumem oposição à construção de uma unidade hoteleira de grandes dimensões naquela área.
A família proprietária de terrenos naquela área promete contestar a operação em tribunal.
Alega que este mecanismo vem acabar com direitos históricos assumidos há dezenas de anos pela Câmara de Aveiro perante a família Bóia.
Considera-se discriminada ao ver o PP definir a intervenção em função de um investidor.
A autarquia entende que esta é a oportunidade de acabar com o vazio urbano existente no local, garantindo articulação entre a frente ria e a zona urbana.
Volumetria e cércea do futuro hotel são apontados como “erro” e no caso da candidatura socialista fala-se em "prédio Coutinho à moda de Aveiro" numa referência ao edifício que Viana do Castelo quis retirar da paisagem da cidade.
Ribau Esteves entende que a instalação de hotel e área de congressos cria “âncora para a dinamização económica”, mobilidade sustentável, valorização ambiental (áreas verdes) e energética favorecendo a “integração de diferentes usos” e a “vitalidade urbana”.
A área territorial de intervenção do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, corresponde a uma superfície total de cerca de 2,71ha, entre a Rua do Alavário, Canal do Paraíso, Esteiro do Matadouro, Rua Condessa Mumadona Dias e Rotunda das Pirâmides.
Criar zona de transição entre as marinhas e perímetro urbano central é a aposta do Município.
A autarquia defende o enquadramento jurídico-legal da iniciativa deixando claro que é uma ferramenta que visa maior eficiência no planeamento.