Os vereadores do Partido Socialista na Câmara de Aveiro foram apanhados de surpresa pelo anúncio de medidas apresentadas pelo presidente da Câmara de Aveiro a propósito do atraso na aprovação do Programa de Ajustamento Municipal. Além de ter anunciado o lançamento de uma nova versão do PAM enquanto aguarda o resultado do recurso ao chumbo do Tribunal de Contas, a autarquia falou do pagamento de dívidas urgentes com fundos positivos que gerou em 2015 a Juntas, particulares e empresas, em casos de reconhecida urgência.
Eduardo Feiro, João Sousa e Paula Urbano (PS) dizem que é necessário primeiro esperar pela prestação de contas. “O comentário que nos apraz fazer é de que o momento político actual, em Aveiro, não deve ser alheio à metodologia seguida para as decisões agora apresentadas. No nosso entendimento a haver decisões, estas deviam ser consequência da análise e aprovação das contas do município de 2015 que irão ser discutidas na próxima semana”.
Ainda assim, os autarcas da oposição lembram que se há folga para pagamentos é porque o dinheiro saiu do bolso dos contribuintes. “Constatamos que as medidas apresentadas, as quais independentemente da sua validade, são suportadas previsivelmente pela atual situação financeira do município, em que esta maioria colocou todas as taxas e impostos no nível máximo e não paga a denominada dívida velha”.