Aveiro: Tecnologia marca despedida da Capital Nacional da Cultura.

Aveiro celebra a Tecnologia no último trimestre da Capital Portuguesa da Cultura 2024.

Aproxima-se o final deste projeto que surgiu no decurso da candidatura a capital Europeia da Cultura.

E foi no local de apresentação da primeira candidatura que a autarquia e a equipa de programadores apresentou o programa, nas instalações do Regimento de Infantaria 10, onde a 15 de Junho de 2019 se deu o pontapé de saída nessa candidatura no plano europeu.

Para os últimos meses celebra-se a tecnologia e a cultura mas a autarquia já prometeu manter o ritmo para lá de 2024.

“Estamos na última etapa do ano e no final de dezembro completa-se este ciclo que tanto tem trazido a Aveiro e à Cultura Portuguesa. É uma questão meramente simbólica, já que a aposta na cultura se manterá como estratégica na gestão da Câmara Municipal de Aveiro e dos seus Parceiros. Teremos um momento alto na nossa programação para fazer essa transição e entrarmos de forma única em 2025. Fica desde já o convite para que desfrute da passagem de ano em Aveiro e receba o novo ano com uma envolvência inigualável”, disse o Presidente da Câmara de Aveiro aos jornalistas em São Jacinto.

As atividades dedicadas ao domínio da tecnologia começam com a Aveiro Tech Week, a acontecer entre 30 de setembro e 6 de outubro.

Com iniciativas culturais e tecnológicas, é uma das principais ações do género em Portugal.

É composta pelo TECHDAYS e pelo PRISMA / Art Light Tech e conta com eventos que se estendem um pouco por toda a cidade, através de instalações artísticas, exposições, soluções tecnológicas, conversas, sessões de gaming, entre outras atividades, com personalidades nacionais e internacionais.

A componente artística é reforçada.

Nas artes visuais, é apresentada a exposição Mise en Abyme, da britânica Vicki Bennett (também conhecida pelo seu nome artístico People Like Us), que propõe a imersão numa torrente de imagens onde os protagonistas se libertam das suas narrativas.

Nas artes performativas, destaque para uma proposta inédita da coreógrafa e intérprete Yola Pinto e do pianista e artista transdisciplinar Simão Costa, que apresentam o espetáculo O Meu Corpo Não é Só Uma Instância.

No cinema, será a vez de Joaquim Pavão estrear a sua nova curta-metragem “Aqui, em Aveiro”.

Na literatura, haverá o projeto De Alexandria ao Século XXI: A Biblioteca Digital, que aborda a forma como lemos e nos relacionamos com os livros num mundo tecnológico.

Quanto à programação em espaço público, as atenções focam-se na cerimónia de encerramento de Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024, com uma intervenção de grande escala da companhia de teatro alemã Theater Titanick.

Um momento, que acontece no dia 29 de dezembro, antecedido de uma sessão protocolar, no Teatro Aveirense, que inclui um concerto exclusivo da pianista Marta Menezes, com repertório inteiramente português.

Entre outras ações que irão abordar o tema da tecnologia, conte-se com a instalação inédita Houses of the Wind, que juntará uma composição de John Luther Adams ao trabalho cenográfico do Diogo Aguiar Studio, assim como o espetáculo Una Isla, da premiada companhia de teatro Agrupación Señor Serrano.

Destaque ainda para a conferência Cultura e Tecnologia, com convidados de diversas áreas do conhecimento.

O programa de Aveiro Capital Portuguesa Cultura 2024 conta ainda com uma grande exposição de Paula Rego; o lançamento do livro Atlas Visual da Europa, uma encomenda da Câmara Municipal de Aveiro a Gonçalo M. Tavares; a bienal Todos São Palco, com teatro da América do Sul; com a peça de teatro Coro dos Amantes – que marcou a estreia de Tiago Rodrigues na dramaturgia; uma nova criação do coreógrafo e encenador Victor Hugo Pontes; o regresso de Jorge Cruz (fundador dos Diabo na Cruz) aos palcos; e uma opereta composta por Egas Moniz; entre outros destaques.

“A tecnologia é um elemento fundamental da identidade de Aveiro, das suas Empresas e da sua Gente. Somos um lugar onde ciência, tecnologia e arte se encontram, chamando para a atualidade o espírito dos nossos antepassados, que nos trouxeram de forma tão expressiva a Arte Nova ou fizeram da Cidade e da Região uma referência da indústria cerâmica e das novas tecnologias da comunicação, por exemplo. Nos últimos três meses do ano, Aveiro vai ser um palco para pensar o presente e imaginar o futuro, para fazer um ponto de situação através da convergência entre a nossa voz e a dos muitos convidados que vamos receber”, disse José Ribau Esteves na apresentação.