Ribau Esteves espera pelos passos seguintes para perceber, com rigor, a que se referem os Primeiros Ministros de Portugal e Espanha quando falam sobre o estudo de uma rota ferroviária direta entre Aveiro e Salamanca.
O autarca de Aveiro lembra que a informação, em si, não traz nada de novo uma vez a ligação dedicada a partir de Aveiro consta das redes transeuropeias.
Atendendo ao investimento prioritário numa ligação com recurso ao nó da Pampilhosa e que assenta no traçado da antiga Linha da Beira Alta, Ribau Esteves acredita que António Costa se passou a referir a uma nova ligação com novos traçados.
Questionado na Assembleia Municipal sobre a informação divulgada no rescaldo da Cimera Ibérica em que participaram os Primeiros-Ministros de Portugal e Espanha, admite que se trata de um discurso ambíguo (com áudio).
Na declaração final da Cimeira Luso-Espanhola, em Viana do Castelo, os governos dos dois países retomaram o estudo para a criação de novas ligações de alta velocidade (Aveiro – Salamanca e Faro - Sevilha).
“Não são para amanhã nem depois, mas hoje mesmo podemos começar a estudar essas ligações para, numa próxima cimeira, podermos tomar as decisões de forma robusta e segura com calendário que obrigue os dois estados”, disse António Costa.
Estas ligações integraram um primeiro acordo, em 2003, mas ficaram esquecidas em favor das ligações Lisboa – Madrid e Porto – Vigo.
Contra vozes do setor industrial e da classe política do Centro e Norte de Portugal, que reclamam ligação direta, Portugal deu prioridade à ligação com passagem pelo nó da Pampilhosa e modernização da linha da Beira Alta.
Ribau Esteves foi, ainda, confrontado com a mais recente apresentação dos calendários para a alta velocidade entre Porto e Lisboa.
Depois de ouvir as bancadas do PP e do PS qualificar como importante a passagem da alta velocidade pela estação de Aveiro, o autarca reconheceu esse mérito mas sobre anúncios diz que está vacinado.
Lembra que a alta velocidade em Portugal também já passou por várias fases.
Perante os receios demonstrados pela população de Mamodeiro, devido ao atravessamento da zona urbana, em túnel, o autarca diz que é cedo para falar porque não há nem projeto nem estudo de impacto ambiental (com áudio)