O presidente da Câmara de Aveiro compromete-se a agendar as propostas da oposição para a revogação do plano de pormenor do Cais do Paraíso e para alterar o regulamento dos apoios sociais dos bombeiros, apresentadas por PS e Chega, até final do ano mas pede tempo para estudar os dossiês e as suas eventuais consequências, em particular o do Cais do Paraíso.
O tema esteve em cima da mesa na primeiro reunião pública depois da sessão inaugural de entrega de pelouros.
Os quatro vereadores do PS cumpriram com o prometido e colocaram em cima da mesa o agendamento da revogação do PP do Cais do Paraíso.
Luís Souto apelou à compreensão da oposição e lembra que mais do que decidir depressa é importante fundamentar o voto e conhecer as consequências.
Diz que num dossiê sensível como o que atravessou a campanha para as autárquicas a revogação não deve ser decidida em cima do joelho.
O autarca que é contra essa revogação mas que se encontra em minoria, pede aos cinco vereadores da oposição tempo para estudar a pasta com o compromisso do agendamento fixado até final do ano (com áudio)
Paula Urbano Antunes, vereadora do PS, assumiu resposta positiva ao apelo.
Admite que existindo compromisso para uma decisão até final do ano é aceitável esse adiamento.
Os quatro representantes do PS aguardam pela marcação na reunião de dezembro ou agendamento de reunião extraordinária.
Paula Urbano diz que o tema deve merecer atenção e celeridade sem esquecer que o Ministério Público pediu documentação sobre esse processo que estará a ser escrutinado (com áudio)
O Chega concorda com o adiamento.
Diogo Machado lembra que foi o primeiro a pedir a revogação mas assume não acreditar nas garantias de que essa revogação não terá consequências (com áudio)
A revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso promete marcar a agenda política de Aveiro em Dezembro.
Recorde-se que a maioria AD tem menos vereadores que a oposição junta na Câmara mas maioria absoluta na Assembleia Municipal.
Os principais dossiês que o Município gere passaram pelo período antes da ordem do dia com o PS a colocar questões, por exemplo, sobre o financiamento e calendários da via Aveiro-Águeda.
Rui Castilho Dias (PS) diz que os prazos do PRR levantam dúvidas sobre a capacidade de executar a obra até Agosto de 2026 e quer saber quais as alternativas e financiamento.
Luís Souto admitiu que ainda há incertezas no horizonte com as Câmaras de Aveiro e Águeda preparadas para ultrapassar uma “condicionante” que surgiu e que não explicitou neste encontro.
Diz que do encontro com o autarca de Águeda na próxima semana sairão as informações.
E deixou claro que num país centralista Lisboa tem a chave para resolver problemas e vai implicar a deslocação em breve à Capital onde poderá ficar vários dias até desbloquear dossiês.