O PS reage às críticas do PSD numa troca de palavras sobre mobilidade e alerta os Sociais Democratas que os problemas no setor dos transportes não se resolvem nem com discursos elogiosos nem com falta de visão crítica.
Paulo Urbano leu as referências da concelhia local do PSD às críticas do PS à forma como a nova operação da Buga foi montada mas esclarece que não é contra o sistema em si.
Em nota divulgada, esta segunda, ao final da tarde, a concelhia socialista diz não estranhar o “balanço muito positivo da política de mobilidade da CMA” feito por quem governa mas estranha as acusações de incoerência apontadas ao PS.
“O Partido Socialista não demonstra incoerência alguma. Não se opõe à BUGA. Ela é uma herança da sua gestão. Critica que tenha deixado de ser gratuita. Critica a inexistência de docas de estacionamento para além da área delimitada do centro do Município. Critica a instalação das docas nos passeios. Congratula-se pelo alargamento da área de implementação do projeto. Congratula-se pela manutenção da marca BUGA. Congratula-se pela promoção de um modo suave de deslocação”, responde Paula Urbano Antunes.
E diz que repescar declarações de Alberto Souto num debate promovido pela Sedes em que se falou de ligações ferroviárias intermunicipais é ir pelo caminho da mentira.
Lembra que a ferrovia é da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal que “concebe, projeta, constrói, financia, conserva, explora, requalifica, alarga e moderniza as redes ferroviárias”.
Paula Urbano lembra que o PSD faz parte de coligações que Governam Aveiro há 18 anos e que já houve tempo para implementar uma estratégia de mobilidade para o Município e para contribuir para a implementação de uma estratégia de mobilidade intermunicipal.
Admite que aos passos dados falta correspondência e "articulação” nas políticas.
“Ferryboat e autocarros elétricos, se os seus horários não forem articulados com os de outros meios de transporte e se a sua frequência não for de encontro às necessidades das pessoas não passam de medidas avulso”.
O PS entende que a rede de transportes públicos no Município de Aveiro continua “deficitária, não constituindo uma alternativa para os que não dispõem de recursos económicos, para se deslocarem de automóvel, ou para os que têm preocupações ambientais”.