A Juventude Socialista de Aveiro reage à tomada de posição da concelhia de Aveiro do PSD que falou do Rossio como “aposta ganha” e considera que o resultado final não aponta nesse sentido.
Para a estrutura liderada por João Sarmento, o desfecho da obra veio confirmar as “incertezas” dos aveirenses.
Diz que depois de ler o comunicado assinado por Simão Santana fica com a certeza de que há “falta de memória” sobre um processo que começou com discussões pré-eleitorais mas sem a obra no programa da Aliança com Aveiro.
Para a JS, a reeleição de Ribau Esteves não é o mesmo que sufragar a obra.
Mas recorda que várias dezenas de munícipes manifestaram-se contra a obra com a sua presença em Assembleia Municipal e que numa dessas sessões Ribau Esteves chegou a anunciar uma estimativa de ideia-base a rondar os 4,7 milhões de euros.
E que o mesmo assumiu deixar cair a obra se fosse para o dobro desse valor.
“Depois de estourar com 20,5 milhões de euros, ainda tivemos de assistir ao triste episódio dos dissuasores - que são da mesma cor do pavimento -, provocando ferimentos a pessoas com mais idade por terem tropeçado. À semelhança da Avenida-Praça, temos um festival de pinos no Rossio que poderia ter sido acautelado de outra maneira, e com soluções esteticamente e paisagisticamente mais agradáveis. Desde cedo, os munícipes demonstraram o seu descontentamento com esta obra, não só através de manifestações, mas também através de movimentos, um deles que contou com mais de 4000 pessoas (Movimento Juntos pelo Rossio). Portanto não, o Rossio não é uma aposta ganha para os Aveirenses, é antes o desaparecimento da identidade de um dos espaços mais importantes da nossa cidade, que gera até aos dias de hoje grande controvérsia e descontentamento entre os aveirenses”.