A concelhia de Aveiro do PSD afirma “desagrado” face às notícias veiculadas sobre o alegado encerramento das agências da Caixa Geral de Depósitos sedeadas no Campus Universitário de Santiago; na freguesia de Esgueira, junto à AIDA e na freguesia de S. Bernardo, a que se junta agora a sede de Aveiro, na Rua Clube dos Galitos que poderá vir a ser transformada em unidade hoteleira.
Poucos dias depois de ter afirmado desconhecimento no processo do Rossio, Vítor Martins desafia agora a câmara de Aveiro a tomar posição no processo da CGD que Ribau Esteves tem desvalorizado.
“Por sua vez, estamos certos de que o município tudo fará no sentido de travar tal intento, demovendo os decisores a abandonar tal sentença, em defesa das necessidades dos aveirenses, assegurando-lhes, assim, a continuidade do funcionamento desta agência e evitando todos os óbvios constrangimentos que decorrerão do seu encerramento”.
Revela ainda desacordo com a ocupação do local por uma unidade hoteleira temendo a descaracterização do local. “Esperamos, pois, que os interesses/projetos particulares não se sobreponham ou prejudiquem os reais interesses dos aveirenses, retirando à população um serviço importante e apagando também o simbolismo associado a um edifício referencial e identitário, situado na zona nobre da cidade”.
A estrutura liderada por Vítor Martins lembra que se trata de uma unidade simbólica. “Não podemos deixar de lamentar tal decisão, não só pelos constrangimentos causados a todos aqueles que usufruem de tal serviço, mas também pela agência em si, já que esta se encontra localizada, há largos anos, num edifício emblemático para todos os aveirenses, o qual foi projetado pelo município, à época liderado pelo saudoso Dr. Girão Pereira, e com a finalidade de se tornar num serviço público”.
Apesar de reconhecer autonomia à administração apela ao bom senso na gestão deste dossiê. “Sabemos que este é um assunto da competência da Administração da Caixa Geral de Depósitos e do Governo e não temos sequer a ousadia de nos imiscuir nas dinâmicas de gestão, nomeadamente imobiliária, da primeira, no entanto esperamos que haja bom-senso por parte dos decisores”.