O PAN não gostou da abordagem da candidatura de João Moniz à coordenação da concelhia de Aveiro do BE e diz que o Bloco com a forma como se apresenta só vai fomentar a manutenção de maioria absoluta em Aveiro.
É a reação do Pessoas-Animais-Natureza às afirmações sobre o surgimento do PAN há quatro anos na Assembleia Municipal por entender que o Partido não tem presença marcante e voto claro nas diferentes matérias.
O PAN responde pela intervenção do deputado Rui Alvarenga (na foto) estar surpreendido mas pronto para rebater as críticas.
“Com a aproximação das eleições, não será de todo desajustado concluir que o Bloco já apontou o PAN com um dos seus adversários, esquecendo-se que, com este tipo de comportamento, de atoarda cáustica em punho, a maioria que o Bloco pretende impedir, tenderá a aumentar”.
Considera que fazer considerações sobre adversários num manifesto de candidatura revela “pequenez política”.
“O PAN considera que estas considerações são falsas e reveladoras de uma pequenez política que, sem nos surpreender no tom, espanta-nos na ousadia do conteúdo”.
Lembra que sempre se manifestou em relação aos documentos que considera fundamentais da governação municipal, quase sempre votou contra ou a favor e que quando não tem nada a acrescentar não intervém.
E defende que a política é também “escutar”, “aprender” e “reposicionar-se”se tal for necessário.
“O PAN não confunde intervenção política, com ruído inconsequente, assente em dogmas e preconceitos bolorentos, fundeados no arcaico conflito entre esquerda e direita. Sabemos que, para alguns agentes políticos, é difícil compreender que possa haver existência entre esta dicotomia. Mas há”.
Em defesa da intervenção na Assembleia Municipal, Rui Alvarenga lembra que o PAN foi um dos partidos que “apresentou mais recomendações ao Executivo Municipal” e o partido que “viu serem aprovadas mais recomendações em sede de Assembleia Municipal”.
“Na maior parte das vezes, o Bloco de Esquerda votou favoravelmente as propostas do PAN. Na quase totalidade das vezes, o PAN votou favoravelmente as propostas do Bloco. O PAN não tem nenhuma ausência injustificada”.
A crítica acaba por gerar uma resposta sobre a tolerância apregoada com o PAN a observar contradições no BE.
“Com esta leviandade absurda que atirou sobre o PAN, baseada apenas nos constrangimentos estruturais de um partido novo, o Bloco revela o desprezo pelos mais pequenos e entra em contradição frontal com a sua capa de partido tolerante, revelando um autoritarismo moral, ético e intelectual, completamente antagónico com a imagem complacente que pretende mostrar”.
“O objetivo do Bloco é impedir que maiorias aconteçam, conquistar o espaço dos outros, meter mais um nos órgãos. O objetivo do PAN é contribuir para a resolução dos problemas, promover pontes para conquistar caminho, estimular a decisão, mesmo que isso signifique atribuir mérito a outros”.