A Assembleia Municipal de Aveiro aprovou, por maioria, o concurso para a conceção, construção e concessão do complexo com crematório e casas mortuárias.
Votos favoráveis da maioria PSD/CDS e abstenção de BE, PCP e PS num projeto de consenso que levantou questões apenas quanto à localização e modelo de gestão.
A autarquia prepara a edificação na área do Cemitério Sul o que valeu algumas interrogações da bancada socialista.
Ribau Esteves justifica a opção pelo cemitério sul como resposta aos critérios definidos.
O autarca entende que se trata de uma opção que dignifica o fim a que se destina e permite valorizar uma área degradada junto ao cemitério.
Acusa ainda o PS de fazer um exercício demagógico em torno da localização (com áudio)
Pires da Rosa (PS) diz que faria sentido equacionar estruturas fora do centro urbano ou até o eventual futuro cemitério de Santa Joana.
Alertou para a questão ambiental, a desvalorização de propriedades naquela área da cidade e para o modelo de gestão com recurso a concessão (com áudio)
Os restantes partidos "aprovam" a construção mas levantam questões sobre o modelo de gestão tendo optado pela abstenção.
O PCP gostaria que o crematório evitasse a concessão a privados e pudesse ser um equipamento para gente de todas as religiões sem marcas ou símbolos que o associem apenas a uma religião.
O BE acentuou a importância do investimento e questiona apenas a concessão como modelo de gestão. “É um sinal positivo porque vai encontro das necessidades”.
Para o PAN a questão das emissões pode colocar-se mas a saturação dos terrenos é bem mais gravosa.
“É um processo que polui menos mas não há emissões zero. Quais as garantias do ponto de vista da tecnologia? Espero que a questão seja salvaguardada. Já a concessão não choca. Os 30 anos é que parecem excessivos”.
A Junta da Glória e Vera Cruz reafirmou o apoio que já tinha dado.
Fernando Marques afirma o cumprimento de uma promessa eleitoral.
“Estou satisfeito por ver cumprido este grande objetivo. Era deprimente ver as pessoas a terem que ir para longe por não termos este tipo de equipamento”.
Foto: Diário de Aveiro