O Partido Socialista de Aveiro questiona publicamente o executivo da Junta de Freguesia de Aradas e o PSD de Aveiro sobre os alegados crimes de abuso de poder, peculato, corrupção e participação económica em negócio, de que a atual Presidente, e o executivo que a acompanhou no mandato 2017/2021 são acusados.
A estrutura local do PS lembra que tem alertado para “irregularidades no funcionamento desta Junta de Freguesia” e recorda casos que marcam os mandatos de Catarina Barreto.
Cita os processos disciplinares instaurados a duas trabalhadoras acusadas da infração “fuga de informação” com arquivamento num caso e a reversão, por alegado erro processual, do despedimento disciplinar ou demissão, a mais grave sanção prevista na Lei geral do trabalho em funções públicas.
O PS diz que depois desses desfechos as trabalhadoras viram alterados os respetivos conteúdos funcionais e locais de prestação do trabalho e acusa a maioria de não proporcionar as mesmas condições de trabalho, “tanto do ponto de vista físico como moral”.
“A discussão desta situação foi levada à reunião ordinária da Assembleia de Freguesia, pelos eleitos pelo Partido Socialista, precisamente há um ano. Continuamos a acompanhar este processo. Esta é também a Junta de Freguesia onde as atas das reuniões não são disponibilizadas, em tempo, aos participantes nas mesmas”, refere o PS que fala em sucessão de “incidentes”.
Depois do movimento independente que pediu respostas, também o PS questiona o executivo para saber se “foram ou não cometidos os crimes de abuso de poder, peculato, corrupção e participação económica em negócio”.
“Consideramos ser essencial, e devida, uma resposta que esclareça os fregueses sobre as acusações de uso indevido de dinheiros públicos para fins pessoais”.
Em nota emitida, ontem, a estrutura concelhia diz repudiar os comportamentos citados e manifestou o desejo de ver o processo tornar-se célere.
Ao mesmo tempo pede ao executivo da Junta de Freguesia de Aradas e ao PSD Aveiro para que contribuam para a “dignificação do poder local e da democracia, respondendo às questões que lhes são colocadas”.
A autarca de Aradas tem mantido o silêncio e reagiu apenas, por uma vez, para dizer que "tudo será esclarecido".