António Ramalho considera que as queixas das empresas sobre o preço das portagens na A25 "são um falso problema".
O Presidente da Estradas de Portugal (EP) salientou que "o conceito de utilizador pagador é um conceito definitivo, e mesmo para as empresas seria pouco lógico que fossem os contribuintes a pagar o que é o transporte de mercadorias", disse. O Presidente da EP considera que os números de utilização da A25 confirmam que "não é a introdução de portagens que limita o aumento de tráfego para Espanha". "Os números do Porto provam que não há perdas de competitividade. Está a crescer 33 por cento, portanto, garante competitividade. Todos temos tendência para nos queixarmos, queremos sempre algo melhor. Falta de competitividade não há. Tem sido possível crescer com este tipo de infra-estruturas, já existentes. Há resultados de facto para o desenvolvimento do Porto e da região", vincou.
O Presidente da empresa, resultante da fusão da Estradas de Portugal com a REFER, disse ser sensível a políticas comerciais que "tenham em conta a movimentação" e diz que o principal problema é a imagem. Simplificar o processo de cobrança nas antigas SCUT e apostar mais num modelo inspirado na Via Verde é a opção. "Temos um conceito de viagem, na Via Verde, entro aqui e saio em Lisboa e sei quanto paguei mas, de repente, temos de fazer pagamentos pontuais consoante os sítios por onde passamos. É um modelo contraditório. Não é bom que continue assim. As pessoas sabem quanto pagam na A1 e não sabem quanto pagam na A25. Isto é, se não forem utilizadores frequentes, vão somando pagamentos e assim não fazem ideia do que pagam. Isto, do ponto de vista de marketing da via, é destrutivo, principalmente para quem tinha o melhor sistema de portagens há sete anos atrás. Tão simples quanto isso. Isso faz a diferença", disse. O Presidente da Estradas de Portugal falava no Porto de Aveiro.