Ângela Almeida defende “ampla discussão” sobre uso de dispositivos digitais na escola.

A deputada do PSD Ângela Almeida defende uma “ampla discussão” em torno do uso de dispositivos digitais, vulgo smartphones, em contexto escolar. Intervindo na Comissão de Educação e Ciência, a parlamentar social democrata destacou as recomendações da tutela a este respeito, vincando que os professores devem ter uma palavra a dizer. “A discussão desta matéria deverá ser ampla e envolver um grande número de entidades civis, políticas e académicas, não descorando as famílias e a comunidade educativa, de modo a que o fenómeno de transição digital seja implementado de forma cuidadosa, responsável, sem demagogias e sem negacionismos, fomentando a literacia digital” – defendeu Ângela Almeida numa audiência a Tito de Morais e Cristiane Miranda, facilitadores do programa SuperSearchers Portugal, criado para professores de diversas áreas, versando da literacia digital. Sublinhando que a transição digital “é uma realidade”, a deputada aveirense destacou as recomendações que a tutela já evidenciou sobre este assunto no início deste ano letivo, realçando as que se referem ao uso de smartphones em contexto escolar – no 1º e 2º ciclos, proibição; no 3º ciclo, a implementação de restrições e moderação; e no ensino secundário, que se faça uma discussão, envolvendo alunos e famílias de forma a sensibiliza-los para que o uso seja responsável. “O Grupo Parlamentar do PSD acompanha estas recomendações, considerando que os professores terão sempre uma palavra a dizer, pois a parte pedagógica deverá ser sempre acautelada” – vincou Ângela Almeida, na sua intervenção, para defender que ”sempre que pedagogicamente o professor considere necessário o uso destes equipamentos, o aluno poderá utiliza-los e usa-los de forma segura como ferramenta de trabalho num mundo onde as tecnologias assumem cada vez mais um papel fundamental à vida”. A parlamentar social democrata destacou o trabalho dos facilitadores do programa SuperSearchers Portugal, que visa “sensibilizar para o bem estar digital das crianças, jovens e adultos, de forma preventiva, para o uso excessivo de novas tecnologias”, garantindo que o Grupo Parlamentar do PSD “acompanha com atenção” este trabalho.