O Presidente da Câmara de Águeda desafia Aveiro para "um maior compromisso" com a limpeza e valorização da Pateira de Fermentelos.
Jorge Almeida aproveitou a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, de visita as obras de intervenção em curso no troço do Rio Cértima, que atravessa os Concelhos de Oliveira do Bairro e Águeda, para chamar a atenção para os problemas da Pateira.
O autarca diz que a limpeza de jacintos e a dragagem daquele espaço é algo que exige esforço coletivo com a administração central mas também entre autarquias locais.
E no caso concreto de Aveiro, Jorge Almeida diz que "falta maior envolvimento". (com áudio)
O Ministro do Ambiente esteve a visitar as obras de reabilitação e valorização ecológica no Rio Cértima-Pateira.
As obras do Rio Cértima, cuja intervenção está a ser efetuada numa extensão total de 9,3 quilómetros, resultam de uma empreitada promovida pelos Municípios de Oliveira do Bairro e de Águeda, com financiamento do Fundo Ambiental.
Trata-se de uma artéria fluvial estruturante dos ecossistemas ribeirinhos da zona, da própria lagoa da Pateira de Fermentelos e da paisagem, que atravessa campos agrícolas, nomeadamente com arrozais.
Devido à ocorrência de vários episódios de contaminação da linha de água que, aliados à existência de problemas de obstrução do canal principal, de sedimentação e à diminuição do caudal da linha de água por captações agrícolas, tornou-se necessária a realização de um projeto de intervenção.
O Ministro do Ambiente destacou o envolvimento das autarquias locais neste projecto de reabilitação e valorização ecológica no Rio Cértima. (com áudio)
João Pedro Matos Fernandes sublinhou o investimento nesta artéria fluvial estruturante dos ecossistemas ribeirinhos e da Lagoa da Pateira de Fermentelos e da paisagem local, que atravessa campos agrícolas, nomeadamente arrozais. O Ministro assegura investimento na protecção da Pateira de Fermentelos. (com áudio)
Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, salientou a importância desta obra e do empenho de todos os envolvidos para que a intervenção fosse um sucesso. “Este foi o momento de expressar o nosso reconhecimento a quem nos ajudou a encontrar estas soluções, desde logo o ministro do Ambiente, que foi preponderante e abriu todas as portas, mas também a APA (Agência Portuguesa do Ambiente), que tratou do financiamento, e a ARH (Administração da Região Hidrográfica), que estiveram sempre presentes e sempre adoptaram uma postura de colaboração”, disse o Edil aguedense, frisando ainda a parceria com a Câmara de Oliveira do Bairro.
O trabalho realizado pelos “nossos técnicos, que foram absolutamente fantásticos”, e pelo empreiteiro, com experiência neste tipo de intervenções, fez com que o resultado excedesse “todas as expetativas”, afirmou Jorge Almeida, convidando a população a usufruir daquele espaço, agora totalmente renovado. Defendendo que, agora, o desafio é manter o Rio Cértima como está, o Presidente da Câmara de Águeda apela a que cidadãos e entidades estejam atentos para que a poluição deste caudal fluvial não se volte a verificar (com áudio).
Na cerimónia de apresentação da reabilitação do Rio Cértima, Jorge Almeida lançou o repto para que se dê também atenção à Pateira, uma área ecológica que “é um desafio constante para a Câmara de Águeda”, sendo “a única entidade que desde há alguns anos tem vindo a trabalhar na Pateira. A Câmara de Águeda vai mitigando, mas sozinha não resolve”, declarou.
Segundo o Edil, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática “foi sensibilizado e abriu todas as possibilidades para contarmos com o apoio de todas as estruturas do Ministério do Ambiente para podermos fazer um trabalho mais eficaz”.
Também o Presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, Duarte Novo, apelou a uma intervenção num efluente do Rio Cértima, o Levira, para que venha a ser alvo de obras “rapidamente”.
Nas suas declarações, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, frisou que o segredo do sucesso desta intervenção resulta de um triângulo de aspetos: “a existência e disponibilidade do Fundo Ambiental; o olhar que as autarquias têm para estes problemas; e o Ministério do Ambiente”, como agente e intermediário para financiar as obras solicitadas e assumidas pelas autarquias, um modelo que considera “mais rápido e eficaz”.