As fricções voltaram ao Executivo Municipal de Ílhavo e o discurso político resvalou para uma conversa sobre "recados" e "chá".
O debate político extremou-se nas últimas semanas com a maioria independente e o PSD, em particular o maior partido da oposição, a trocarem acusações sobre a capacidade demonstrada pelo executivo e a herança Social Democrata em Ílhavo.
Depois de discursos cruzados em diferentes momentos (reuniões de Câmara e sessões solenes) a reunião pública desta semana acentuou a clivagem com o discurso a subir de tom.
Às críticas apresentadas pela líder da concelhia Social Democrata, vereadora no executivo, sobre a forma como as Juntas estão a transmitir desagrado pela Governação, respondeu o vice presidente que qualificou Fátima Teles como “Moça de recados”, seguindo-se, ato imediato, um pedido de desculpa.
João Semedo pretendia acentuar a comunicação intermediada pela vereadora sem que os autarcas de freguesia, eleitos pelo PSD na Gafanha do Carmo, Gafanha da Nazaré e Gafanha da Encarnação, tivessem dado conta desses sinais nas reuniões de trabalho.
Assumiu o desagrado com um discurso político feito de recados (com áudio)
A defesa da autarca do PSD surgiu do vereador Socialista que pede recato e ponderação no uso das palavras.
Sérgio Lopes diz ter percebido a intenção do vice presidente da Câmara mas apelou à contenção (com áudio)
No meio de um ambiente crispado e feito de declarações cruzadas, a vereadora visada diz que a maioria prefere preocupar-se com o “mensageiro do que com a mensagem”.
E aconselhou os autarcas a “tomarem chá” (com áudio)