O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas fala do envio de um inquérito dos EUA às universidades como “intromissão intolerável na autonomia das instituições”.

Entende que o inquérito apresentado pelos EUA a instituições de ensino superior, que dispõem de espaços de divulgação da cultura americana, coloca em causa a independência das universidades.

Reação do Reitor da Universidade de Aveiro e presidente do Conselho de Reitores em declarações à agência Lusa a propósito de um inquérito que caso não fosse respondido levaria ao cancelamento dos apoios ao funcionamento dos American Corners em seis instituições de ensino superior.

UA, IST, Universidades dos Açores, Porto e Lisboa (2) têm essa oferta protocolada com a administração Norte Americana.

Nas perguntas figuravam referências a relações com organizações terroristas, trabalho com entidades associadas a partidos comunistas, socialistas ou totalitários ou questões sobre as relações com a República Popular da China, Rússia, Cuba, ou Irão.

Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro e presidente do Conselho de Reitores, diz que essa comunicação foi “inesperada” e “inadequada”.

“Concedo totalmente ao financiador a legitimidade para decidir continuar ou cessar esses financiamentos, mas o que não me parece correto é condicionar as instituições ou pedir-lhes que informem acerca de coisas que são ofensivas para a sua independência e para a sua liberdade académica”.