O mercado nacional de produção de bicicletas rendeu mais de 424 milhões de euros em exportações em 2020.
Apesar da paragem motivada pelo confinamento de Março a Maio passado, o sector das duas rodas português manteve a tendência de crescimento, com uma subida de cinco por cento.
O esforço de produção e a aposta em produtos de maior valor ajudam a explicar o crescimento num ano adverso.
O sector das duas rodas parou, como praticamente toda a indústria, mas é igualmente certo que os números registados até meio de Março e em todo o segundo semestre apontavam para um fecho animador.
“Dois mil e vinte arrancou bem, com a procura dos mercados externos a fazerem a produção crescer com valores da ordem dos 110 por cento. Com a reabertura do mercado, as empresas portuguesas retomaram a produção, com valores de crescimento da ordem dos 90 por cento e a crescer no último trimestre, de novo com valores acima dos 110 por cento”.
Estes explicam-se com a forte procura, mas também pela produção de veículos de maior valor, sejam bicicletas, sejam bicicletas eléctricas (e-bikes).
“O sector continua a crescer, apesar dos bons números de 2019, em que Portugal foi o maior produtor de bicicletas da Europa, e apesar da paragem de quase três meses, conseguimos fechar o ano com um saldo positivo de cinco por cento. Para estes números contribuiu o esforço das empresas, que estiveram a trabalhar em contra-ciclo e com crescimentos brutais no esforço de produção, mas também na aposta na produção de bicicletas de maior valor e com maior integração de tecnologia, como é o caso das bicicletas eléctricas”, afirma Gil Nadais, Secretário-Geral da ABIMOTA.
“Estes números são o melhor balanço possível que podemos fazer relativamente ao projecto de internacionalização do sector, o Portugal Bike Value.” Remata o Secretário- Geral da associação que representa as duas rodas.