Grupo Costa Nova testa forno "alimentado" a hidrogénio verde.

O hidrogénio entra nas fontes de energia da indústria Costa Nova.

A empresa anuncia a primeira cozedura a hidrogénio na Europa na passada sexta-feira, dia 4, nas instalações do grupo.

Foi na Grestel, empresa do Grupo Costa Nova Industria, que efetuou, pela primeira vez em Portugal e na Europa, uma cozedura de cerâmica utilitária em forno industrial com recurso a 50% de hidrogénio. A empresa diz tratar-se de um “marco histórico” para a inovação na indústria cerâmica fruto de uma parceria entre a Grestel, a Fusion-Fuel, a Induzir e a HyLab.

Às 11h desse dia, o forno da Grestel I, em Vagos (Aveiro), marcava 41ºC, já em processo de arrefecimento após ter sido alimentado com 50% de hidrogénio.

Dessa enforna, saíram 250 peças (amostra significativa da produção das unidades industriais do Grupo Costa Nova) que, à primeira vista, se apresentavam em perfeitas condições, apenas com “tonalidades ligeiramente diferentes” e um “brilho com menor intensidade”.

Carlos Pinto, Diretor Industrial do Grupo, afirmou que estas características são facilmente corrigíveis “através de uma limpeza de atmosfera na fase final da cozedura”.

Foi a “vontade de ir mais além” que uniu estas quatro entidades, resultando num avanço significativo para a investigação científica e para a engenharia”.

O responsável admite que o caminho é para continuar e colocar a fábrica como a “mais sustentável do mundo”.

Em Portugal, a produção de hidrogénio verde ainda está em fase de desenvolvimento, com o primeiro grande projeto previsto para Sines.

Carlos Pinto destaca que a principal dificuldade atual é a falta de produção nacional de hidrogénio.

No entanto, garante que os fornos da fábrica Ecogres (Cerâmica Ecológica) já estão preparados para funcionar com esta nova fonte de energia.