Nuno Quintaneiro Martins justifica o pedido de demissão do cargo de Presidente Adjunto do Beira-Mar com motivos de ordem pessoal. O dirigente confirma que enviou esse pedido de demissão e esclarece que ao fim de mais de dois anos de trabalho no clube, no momento mais difícil da sua história, era tempo de sair.
“No momento em que renuncio às funções que desempenhei nos últimos 2 anos e 4 meses, recordo a herança pesadíssima que provocou aquele que terá sido, provavelmente, o pior período dos 94 anos de vida do clube. Entre tantos problemas que tivemos diariamente de enfrentar, fomos confrontados com o chumbo do PER do clube por parte da CMA, as trafulhices da administração duma SAD insolvente, o desaparecimento dos documentos da contabilidade do clube, a perda da utilização do pavilhão do Alboi, a atividade que gerava uma despesa muito superior à capacidade de gerar receita, a degradação profunda do futebol cuja gestão se encontrava sob alçada da SAD e o divórcio da região com o clube”.
Quintaneiro diz que apesar de todas as dificuldades e da escassez de recursos foi possível “segurar o barco e colocá-lo a navegar em águas bem menos agitadas”. “Atualmente o clube tem nove modalidades e mantém cerca de quatrocentos atletas em atividade. O balanço, apesar de todas as contingências, é francamente positivo. O envolvimento social que se conseguiu criar em torno do clube na última época é inesquecível. O Beira-Mar está bem vivo”.
O dirigente manifesta orgulho no contributo dado e deixa a certeza de que manterá esse apoio. “Aos dirigentes de hoje e aos de amanhã, que nunca vos falte a visão, a ambição, o equilíbrio e tenham muita, muita coragem! Estarei junto dos nossos a apoiar-vos”.