Núcleo de Árbitros de Futebol do Distrito de Aveiro pede mão pesada para agressões e reclama policiamento nos jogos.

O Núcleo de Árbitros de Futebol do Distrito de Aveiro toma posição sobre o quadro de agressões à equipa de arbitragem no jogo Aguinense – Sosense e diz que a associação deve repensar não apenas o quadro de castigos que de pouco vale e o recurso a delegados de apoio/pcs como garantia de segurança em recintos desportivos.

Tomada de posição que condena as agressões ao Árbitro Gonçalo Ribeiro e ao seu Árbitro Assistente, Guilherme Jacinto, ocorridas no jogo entre a A.R. Aguinense e a A.D. Sosense, referente à 2.ª Divisão de Futebol Distrital.

O Núcleo aponta o dedo ao Delegado e adeptos da equipa visitada.

“É lamentável que episódios desta natureza continuem a ocorrer, pondo em causa a integridade física e psicológica dos árbitros, bem como o bom ambiente que se espera em eventos desportivos”.

O NAFDA manifesta “total solidariedade” para com os envolvidos “neste lamentável episódio, disponibilizando-lhes todo o apoio necessário”.

Em nota publicada na página oficial do núcleo, é denunciada “falha grave” por parte da equipa visitada na garantia de condições de segurança.

Alega que os Delegados de Apoio “não só instigaram a situação, como também nada fizeram para travar qualquer comportamento de ódio e violência originado, não só pelos adeptos, mas, principalmente, por parte da equipa visitada”.

Os representantes da arbitragem pede “atuação célere, competente e exemplar” dos órgãos de justiça desportiva e judicial, nomeadamente da Associação de Futebol de Aveiro e do Conselho de Disciplina.

Refere que “um dos envolvidos neste incidente já possui um histórico disciplinar preocupante, tendo sido repetidamente punido pelo uso de linguagem ofensiva, injuriosa e ameaçadora contra as equipas de arbitragem”.

E acentua que a reincidência “levanta dúvidas sobre a eficácia das sanções aplicadas e se estas são realmente adequadas para prevenir e desencorajar novas infrações”.

Os árbitros pedem “reflexão profunda e imediata” sobre a efetividade e suficiência do papel do Delegado de Apoio/PCS na garantia da segurança.

“Tem-se observado que a ausência de policiamento nos jogos aumenta o risco de comportamentos inadequados e episódios de violência. A presença das forças de segurança nos recintos desportivos proporciona maior proteção aos árbitros, além de atuar de forma preventiva, inibindo atitudes agressivas e incentivando o respeito mútuo entre adeptos, atletas e equipas técnicas”.