A Juntas – Movimento Feminista de Aveiro - enviou uma carta à Federação Portuguesa de Futebol, liderada por Fernando Gomes (na foto), questionando a instituição se considera implementar prontamente uma política de paridade remuneratória entre jogadores e jogadores.
No passado dia 2 de agosto, a Confederação Brasileira de Futebol anunciou a equiparação remuneratória entre jogadores e as jogadoras das Seleções Brasileiras Principais, juntando-se assim ao restrito clube de países comprometidos com a garantia de igualdade remuneratória entre jogadores e jogadoras, onde se incluem a Inglaterra, a Austrália, a Noruega e a Nova Zelândia.
Para a Juntas, Portugal não se pode colocar à margem deste movimento pela igualdade no desporto.
O coletivo feminista considera que o desporto federado “deve dar o exemplo na luta contra todas as formas de discriminação, incluindo a discriminação de género”.
A Juntas relembra que a Federação Portuguesa de Futebol foi obrigada a ceder, por pressão do movimento de jogadoras “Futebol sem Género”, da proposta de criação de um teto máximo para a soma dos salários das jogadoras inscritas na Liga de futebol feminino.
A Juntas considera que para além de garantir a paridade salarial entre jogadores e jogadoras da Seleção Portuguesa de futebol, é urgente assegurar paridade salarial em todas as modalidades federadas; mais representatividade feminina nos órgãos de decisão do desporto; assegurar políticas que promovam a distribuição igualitária das tarefas domésticas entre homens e mulheres; e garantir cobertura mediática igual entre o desporto feminino e masculino.