Os sócios do Beira-Mar aprovaram Plano e Orçamento para a época 2024/2025.
Os documentos apontam para a movimentação de cerca de 1,26 milhões de euros e a maioria dos associados, cerca de 7 dezenas, deram “luz verde” às opções da direção liderada por Nuno Quintaneiro, numa votação em que foram registadas 21 abstenções.
A direção aponta para receitas na ordem de um milhão de euros e um défice de 228 mil euros.
A sessão já deixou aberto caminho à realização de novo encontro para falar sobre os pressupostos de criação da nova Sociedade Desportiva.
Luís Leitão, Presidente do Conselho Fiscal cessante, apresentou aos Sócios um conjunto de explicações que justificam uma variação negativa dos resultados líquidos do clube no período de gestão entre 2021 e 2024, no montante de 289 mil euros.
O Presidente da Mesa Assembleia Geral comprometeu-se a reagendar o tema para uma próxima reunião, de modo a que a Assembleia se pronuncie sobre o parecer do Conselho Fiscal cessante, no sentido de não ser aplicada a disposição estatutária de responsabilização pessoal e solidária dos dirigentes, conhecida como “regra de ouro” que prevê que a situação financeira não possa ser agravada.
No terceiro ponto da ordem de trabalhos, tomou a palavra Manuela Nunes, Vogal da Direção, responsável pelo pelouro Financeiro, a quem coube apresentar o Plano de Atividades e Orçamento para a época desportiva 2024-2025, que evidencia a manutenção da atividade das actuais 13 modalidades, as quais congregam um universo de 1431 atletas e 117 treinadores e monitores.
No que diz respeito ao orçamento, e não obstante o assumido desinvestimento preconizado na presente época, o mesmo aponta para um total de custos de 1.266.182,84€ e um total de proveitos de 1.037.314,53€, resultando num desequilíbrio de - 228.868,31€., valor que o Clube terá de garantir, forçosamente, com a constituição de uma Sociedade Desportiva para o Futebol Sénior masculino no decurso do presente exercício.
Sobre esta matéria, o Presidente da Direção, Nuno Quintaneiro Martins, reforçou a ideia de que o Clube carrega, há vários anos, um "défice estrutural que é maior ou menor consoante as opções de gestão de cada elenco diretivo", mas que se "agrava a cada ano que passa, sendo fundamental mudar, urgentemente, o paradigma da sua gestão", pois a cada época que passa, "a situação financeira deteriora-se".
O Plano de Atividades e Orçamento foi aprovado pela maioria dos sócios presentes (21 abstenções).
No final da sessão, ficou o compromisso da Assembleia Geral voltar a reunir em breve para apreciar e deliberar sobre o parecer do Conselho Fiscal cessante relativo à aplicação da «regra de ouro», a apresentação e votação do Relatório e Contas da época 2023-2024, assim como, a apresentação por parte da Direção dos pressupostos de constituição de uma Sociedade Desportiva para o Futebol Sénior.