A Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro aguarda a divulgação de novos resultados de análises à água para garantir o regresso à zona de apanha de bivalves.
O IPMA reclassificou no dia 4 de Dezembro o estatuto sanitário das espécies berbigão e ameijoa-macha para Classe C na (ZDP) RIAV1 e a consequente interdição temporária da sua comercialização destinada ao consumo humano, pelo motivo das amostras apresentarem valores microbiológicos incompatíveis com a classificação B.
A APARA afirma-se “muito preocupada” com os “dados microbiológicos resultantes da monitorização das bactérias indicadoras de contaminação fecal em moluscos bivalves (E. coli), da gravidade da situação e das consequências diretas na atividade e rendimento dos profissionais da pesca e dos seus aderentes que trabalham nesta zona de produção (RIAV1), que capturam diariamente estas espécies de bivalves”.
No dia 9, com a presença de um técnico do IPMA, a organização de produtores, com recurso a uma embarcação de pesca, recolheu em todas as zonas de produção da ria de Aveiro e na ZDP RIAV1 novas amostras de bivalves, dando assim inicio ao processo de reclassificação para o estatuto sanitário B.
Os resultados da 1ª analise microbiológica efetuada (das 2 necessárias) demonstra um resultado negativo nos parâmetros utilizados para avaliar a contaminação por E. coli e coliformes fecais.
A APARA vai novamente solicitar com caráter “urgente” a realização da ultima analise microbiológica na ZDP RIAV1 para a reposição do estatuto sanitário de classe B.
A associação diz que acompanha a preocupação dos pescadores mas está também interessada em “promover uma pesca sustentável, contribuir para a rastreabilidade dos produtos, contribuir para a eliminação de práticas de pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, contribuir para a sustentabilidade das atividades de pesca e garantir melhores condições para a valorização do trabalho dos seus aderentes”.