A quarta edição da Milha, festa da música e dos músicos de Ílhavo, arranca esta sexta em formato especial.
Organizada pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, a festa mantém os três dias em que acontece num formato concentrado, de 30 de outubro a 1 de novembro, mas dissolve-se também ao longo do trimestre, desafiando músicos ilhavenses a apresentar o seu trabalho junto de outros nomes presentes na programação do projeto, como Salvador Sobral ou António Zambujo.
A Milha amplifica assim o seu apoio à criação local, que já tinha reforçado quando assumiu, entre abril e junho, uma rubrica na Rádio 23 Milhas e no Festival Rádio Faneca, que surgiu no contexto de pandemia, apoiando mais de uma dezena de artistas locais em concertos online.
De 30 de outubro a 1 de novembro, há lugar para a estreia de duas criações exclusivas, um espetáculo e um documentário da Bida Airada (Orquestra Comunitária do Festival Rádio Faneca) e duas formações destinadas aos músicos ilhavenses.
No dia 30 de outubro, sexta-feira, estreia o “A ria gela a partir das margens”, do coreógrafo Luíz Antunes, que junta alunos escolas de dança ilhavenses e criadores locais (Henrique Portovedo e Joel Reigota).
“Música para os ilhavenses do futuro” é o espetáculo dos Sampladélicos (Tiago Pereira e Sílvio Rosado) que convoca músicos de Ílhavo para criar a partir da recolha “Patrimónios Sonoros Marítimos”, do Museu Marítimo de Ílhavo.
É ainda reposto o espetáculo deste ano da Bida Airada, orquestra comunitária do festival Rádio Faneca orientada pela ondamarela.
Além disso, é apresentado o documentário sobre todo o processo.
Ainda nestes três dias, há duas formações promovidas pela Milha: uma com os Mão Morta, destinada a trabalhar com as bandas de rock ilhavenses naquilo que é a criação musical, mas também a gestão de carreira; outra com o cantautor Samuel Úria, que orienta uma formação sobre a composição de canções para os músicos ilhavenses.