O LEME, festival de circo contemporâneo, tem programação definida para a edição deste ano que acontece de 2 a 12 de dezembro.
Edição especial, em formato alargado, diluída no tempo, a marcar o regresso depois de um ano de suspensão e adiamentos.
Ao longo de dez dias, e em vários espaços do Município de Ílhavo, há nove espetáculos de longa duração, seis internacionais, muitos deles em estreia em Portugal, cinco espetáculos curtos pertencentes à categoria Navegar (que abre concurso anual para a apresentação de criadores emergentes no festival).
Como é habitual, o LEME desafia um país convidado, sendo a França o país em destaque nesta edição.
As técnicas de acrobacia de mão e mão do mastro chinês são pontos fortes da programação deste ano, bem como a magia no circo contemporâneo.
No seguimento do ano passado, e não se tendo concretizado a apresentação da criação “Irredutível”, com que arrancou em 2020, Rui Paixão mantém-se o criador apoiado, e apresenta um novo espetáculo: “Albano”.
Destaque para os espetáculos “Monstro”, “Délugue” e “Esquive”, todos de companhias francesas, que acontecem no auditório da Casa da Cultura de Ílhavo.
Reconhecido por levar o circo contemporâneo a sítios pouco convencionais, um dos novos locais que recebe espetáculos nesta edição é o Terminal Especializado de Descarga de Pescado da Avenida dos Bacalhoeiros.
Além da continuidade no apoio à criação artística e aos novos criadores, através da categoria Navegar, o LEME continua a sua aposta na formação, mas também no diálogo e no pensamento.
Mantém-se o desafio à reflexão e ao pensamento crítico sobre circo contemporâneo, através do Circus Fórum, que promove um encontro entre profissionais da área, e do Beta Circus, um projeto de cooperação europeu que seleciona artistas que serão integrados num programa internacional de capacitação em novas tendências para a criação contemporânea, com foco na “nova magia”.
foto: Albertine Guillaume