Os alunos de Mandarim do Instituto Duarte de Lemos assinalaram o “Festival das Lanternas”, um momento relevante do calendário e da cultura chinesas. Esta atividade foi desenvolvida em colaboração com o Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, entidade parceira do Instituto Duarte de Lemos no Curso de Mandarim ministrado a cerca de quarenta alunos.
Nesta atividade, os alunos tiveram a oportunidade de cozinhar e degustar os tradicionais bolinhos de arroz (Yuan Xiao) e montar as suas próprias lanternas, em mais uma atividade sobre a milenar cultura chinesa.
Carlos Morais, do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, aborda esta data. Segundo o calendário lunar chinês, quando aparece a primeira lua cheia do ano, o que acontece no 15.º dia após o Ano Novo Lunar, celebra-se a Festa do Yuan Xiao ou do Shang Yuan, considerada o epílogo da Festa da Primavera (Yuan é o primeiro mês lunar; Xiao significa noite; e Shang, primeiro).
Na noite do dia 15 do primeiro mês lunar, além de se comer Yuan Xiao (nome dado a um bolinho de arroz), realizam-se, por todo o país, variadas e coloridas atividades recreativas, a mais atrativa das quais é o Festival das Lanternas.
Os chineses ornamentam com lanternas coloridas as salas de visita e os beirais dos telhados e vêm para a rua festejar, transportando muitos deles lanternas. Antigamente, as meninas solteiras não podiam sair de casa, exceto neste dia, em que tinham, por esse motivo, mais oportunidades para arranjar namorados. Daí que a festa do Shang Yuan seja considerada também o dia dos namorados.
Sobre a origem desta festividade, existem algumas versões. A mais comum diz que o imperador Liu Che subiu ao trono no 15.º dia do primeiro mês lunar do ano 156 antes de nossa era e que, todos os anos, na noite deste dia, saía do Palácio Imperial para se divertir com o povo. Assim se instituiu a Festa do Yuan Xiao ou Festa das Lanternas (o nome mais conhecido) ou Festa do Shang Yuan.
Texto: IDL