Georgino Rocha assina a obra “Igreja sinodal. A alegria da missão na sociedade secularizada” que será lançada na quarta-feira. O livro que o Padre Georgino Rocha apresenta, às 21 horas, no Centro Universitário Fé e Cultura, Aveiro, aborda o tema da sinodalidade.
No seu novo livro, de 288 páginas, o padre da Diocese de Aveiro desenvolve a ideia de que a sinodalidade é essencial para a identidade da Igreja e constitui uma resposta adequada à sociedade secularizada. O carácter sinodal manifesta-se na realização de sínodos, em especial, mas é mais do que isso. É um modo de ser da Igreja. Opõe-se à centralização, à hierarquização, à ausência de partilha de ideias e poderes.
“O Sínodo, pela orgânica de comunhão e pelo dinamismo de participação, o mais alargada possível, denota um estilo marcado pela confiança nas pessoas e nas suas capacidades, pela prática do diálogo, pela valorização da experiência, das emoções e dos sentimentos, pela convicção da importância dos pequenos passos progressivos, dados em comum rumo a objetivos atraentes e mobilizadores, pela aceitação da diversidade de ritmos e da sempre necessária paciência e tolerância, pela procura de formas de intervenção face aos desafios da missão que exigem resposta adequada”, afirma o autor.
A sinodalidade vive-se não só no sínodo propriamente dito (a Igreja viveu recentemente um sínodo sobre a família, no Vaticano), mas em conselhos pastorais e económicos, em reuniões e assembleias, em celebração e equipas. Quatro dos onze capítulos do livro dedicam-se ao Sínodo de Aveiro, que aconteceu entre 1990 e 1995, envolvendo diretamente três milhares de pessoas.
A sessão de apresentação contará com intervenções de Júlio Pedrosa (antigo reitor da Universidade de Aveiro) e Cláudia Ventura (dirigente da Juventude Operária Católica), que participaram no Sínodo de Aveiro (1990-1995).
Haverá ainda um momento musical pela organista Marília Canhoto. D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, preside à sessão. O livro é publicado pela editora Tempo Novo, propriedade da Diocese de Aveiro, e tem o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro.
Texto e foto: Correio do Vouga