O Festival dos Canais quer ser o maior festival de artes de rua em Portugal.
Mantém um formato especial, com dois fins de semana de programação, mas anuncia um regresso aos cinco dias, em formato contínuo, logo que possível.
São os anos da pandemia e os ensinamentos da gestão do setor da saúde a dar pistas para mais um ano de programação ao ar livre em praças de Aveiro.
A autarquia investe cerca de 420 mil euros no evento que decorre de 14 a 17 e de 22 a 24 de julho.
Haverá dezenas de atividades espalhadas pela Cidade nas áreas da música, circo contemporâneo, teatro, dança, performance, artes visuais e atividades para famílias, entre outras.
O Festival dos Canais é um encontro multidisciplinar de artes em espaço público, este ano com abordagem também à área desportiva e recurso às águas da ria.
A cidade é o palco e este ano com extensão aos canais exteriores.
Ribau Esteves esteve na apresentação para explicar que o festival vai continuar a crescer até 2025 com novas componentes (com áudio)
O evento funciona em regime de palco aberto, onde artistas provenientes de diferentes geografias se interligam com o quotidiano e a vida do território para apresentar as suas criações.
Haverá mais lugares disponíveis e áreas de ocupação com mais capacidade.
O Teatro de Rua propõe a presença de companhias internacionais que se juntam a profissionais nacionais.
José Pina, responsável pela organização, realça o envolvimento da comunidade artística local.
Estarão em Aveiro 378 artistas de 16 países em 130 ações com duas estreias nacionais.
O responsável pela programação e o presidente da Câmara de Aveiro querem afirmar o festival como referência internacional e a principal referência nacional até 2025 (com áudio)
No cartaz incluiu-se uma representação convidada do país basco e de duas capitais da cultura.
Camané, Noiserv, Rita Red Shoes, Aurea e Carolina Deslandes com a Banda Amizade e Agir figuram entre os artistas convidados num encontro com artistas e coletivos locais.
Uma das novidades na área da música é o regresso ao Cais da Fonte Nova, o maior recinto do festival.
É lá que vão acontecer os concertos Symphonygirls, com Rita Red Shoes, Carolina Deslandes e Aurea a atuarem com a Banda Sinfónica de Aveiro (Banda Amizade) no dia 22 e AGIR no dia 23.
Na Praça do Marquês de Pombal vão estar Camané (dia 14), Moonshiners com The Legendary Tigerman, Fanfarra Káustika e O Gajo (dia 15), ficando o terceiro palco instalado na Escadaria do Atlas Aveiro, onde vão atuar, sempre ao final da tarde, Marinho (dia 14), Slimmy (dia 15), Peter Storm (dia 16), Carapau Orkestra (dia 17), Paraguaii (dia 22), Cachupa Psicadélica (dia 23) e Mirror People (dia 24).
Há ainda lugar para um concerto especial de Noiserv, a acontecer no Coreto do Parque da Cidade (dia 16).
Memorável promete ser ainda uma fusão entre imagem e música nos Claustros da Igreja do Carmo, na qual as fotografias dos participantes no Laboratório de Fotografia Viagens na Minha Terra em Aveiro, orientado por Augusto Brázio e Nelson D’Aires, se misturam com a música da Escola de Música da Quinta do Picado (dia 23).
No dia 23 de Julho uma companhia francesa de prestígio internacional (Transe Express) apresenta MU.
Este festival assume-se como um laboratório vivo para a apresentação de novas perspetivas sobre a memória coletiva desta região e dos seus traços identitários, revelando em simultâneo a atualidade da criação artística contemporânea.
O Festival dos Canais integra a candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura em 2027.