Estarreja assinala os 10 anos do desaparecimento de Joaquim Lagoeiro.
No dia em que se assinalam os 10 anos do falecimento de Joaquim Lagoeiro (2-08-1918 – 11-03-2011), ilustre autor Estarrejense com uma vasta obra literária, a Biblioteca Municipal de Estarreja dá voz a alguns excertos do livro inédito “Aparições” (escrito em 1981 e nunca publicado), encontrado no seu espólio e gentilmente partilhado pela sua filha Dulce Pereira.
A sessão está marcada para esta quinta-feira, dia 11 de março, pelas 10h00, na página de Facebook da Rede de Bibliotecas de Estarreja.
A este momento de homenagem, a Biblioteca Municipal associa a celebração dos 35 anos da criação da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.
Com obras como "Viúvas de Vivos", "Madre Antiga" e "Milagre em S. Bartolomeu", construiu o que chamou "Tríptico da Terra".
Reformado e residente em Lisboa, mas nunca esquecendo a sua terra, muito pelo contrário, vinha sempre que podia e, sobretudo, mantinha contínua relação escrita com os periódicos locais.
Da estadia na capital surgiram, "Mosca na Vidraça", "Manto Diáfano", "As Castigadas", “Os Fraldas”, “Corda Bamba”, “Santos Pecadores”, “Almas Danadas”, “O Poço”, “Cafarnaum”, “Mar Vivo”, “Caiu um Santo do Altar”, “A Congosta”, “Ramilhete Espiritual de Estórias Profanas”, “Manual de Casos de Consciência”, “Flor de Sal – Sonetos de Amor e Escárnio”, “Uma Lágrima do Céu”, “Desconstrução”, entre outras.
De referir, que entre outros, recebeu elogios de Julião Quintinha, Artur Portela, Tomás de Figueiredo e Urbano Tavares Rodrigues, que consideram Joaquim Lagoeiro um dos grandes valores do romance Português da segunda metade do séc. XX.
Joaquim Lagoeiro foi Medalha de Mérito do Município em 2006.