A cosmóloga Marina Cortês, do Observatório Real de Edimburgo, está em Aveiro para falar de “Energia Escura” no “Horizontes da Física 6”. Terceira palestra do ciclo de conferências “Horizontes da Física 6” que decorre no Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro pelas 21h30. Nesta palestra, Marina Cortês irá discutir, num discurso simples e em Português, a questão “Onde está a Energia Escura?”, conduzindo-nos numa viagem pelo cosmos à procura do maior componente do universo.
Nesta palestra serão discutidos alguns tópicos de cosmologia que estão atualmente sob investigação: como se formaram as estrelas e galáxias que observamos hoje, como descobrir como foi o início do universo, e em particular descrever a descoberta e estudo do misterioso componente Energia Escura, que foi descoberto em 1998. A Energia Escura constitui 70% do cosmos, e ilude qualquer classificação pois não interage com nenhum dos restantes componentes do universo, a não ser por gravidade. Por isso é invisível, não emite luz alguma e, ao invés da gravidade, exerce uma estranha força repulsiva sobre todos os objetos, razão pela qual é por vezes denominada "gravidade negativa".
Na palestra será explicado como ocorreu a descoberta da Energia Escura, como é hoje estudada através de observações indiretas e como são construídas teorias para explicar a sua existência. A Energia Escura constitui um dos maiores e mais misteriosos enigmas da cosmologia de hoje e é um desafio para a física em geral, razão pela qual foi alvo do prémio Nobel da Física em 2011, atribuído a cientistas da equipa de investigação da palestrante, quando esta estava no Laboratório de Berkeley, Califórnia.
Marina Cortês é Cosmóloga e Física Teórica, tendo-se especializado em Cosmologia do Universo Primordial, Radiação Cósmica de Fundo, Energia Escura e Gravidade Quântica. Completou o doutoramento em Sussex no Reino Unido em 2008, e prosseguiu para um pós-doutoramento no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley na Califórnia. É agora Investigadora do Programa Europeu Marie Curie. Recentemente a Dra. Marina Cortês e o Dr. Lee Smolin foram galardoados com o primeiro lugar no Prémio Buchalter de Cosmologia (2015), atribuído ao seu trabalho sobre a irreversibilidade do tempo em Cosmologia.