ALMO com Júlio Resende, outras Canções da Terra e o “Fado Choro” em guitarras e bandolins na região.

O pianista e improvisador Júlio Resende vai surgir "invulgarmente acompanhado" do duo de cantores líricos ALMO nos Festivais de Outono, a 17 de novembro, às 18h00, no Teatro Aveirense.

Dois dias antes, a Camerata Nov’Arte e os cantores líricos Patrícia Quinta e Leonel Pinheiro, reinterpretam “A Canção da Terra”, de Mahler, na Casa da Cultura de Ílhavo, às 21h30. 

Dia 20, a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins e a soprano Marina Pacheco atuam em Oliveira de Azeméis, a partir das 21h30.

No âmbito dos Festivais de Outono, programa promovido pela Universidade de Aveiro (UA), fazendo jus à “Voz”, tema deste ano, propõem-se três diferentes expressões do canto para dias 15, 17 e 20 de novembro. De acordo com a vocação regional do Festival, os concertos acontecem em três locais diferentes da região: Casa da Cultura de Ílhavo, Teatro Aveirense e Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis.

“Canção da Terra, Melodia da Humanidade” é um projeto da Camerata Nov’Arte que apresenta a estreia em Portugal da versão para dois solistas vocais e ensemble de “A Canção da Terra”, de Gustav Mahler, adaptada por Iain Farrington. O projeto insere-se num amplo ciclo denominado ”Romantismo à Lupa” que propõe a leitura de grandes obras sinfónicas em formatos instrumentais mais compactos. Estas versões de câmara permitem uma escuta alternativa e inovadora dessas obras, revelando detalhes, muitas vezes, ocultos nas grandes massas sonoras das versões originais. Destacam-se, igualmente, pela riqueza tímbrica e finesse instrumental, convertendo cada instrumento num solista. A adaptação de Farrington para ”A Canção da Terra” cria um ambiente mais íntimo, onde as vozes se destacam e a mensagem poética é transmitida com maior clareza.

Mahler concebeu a “A Canção da Terra” como uma “sinfonia para tenor, contralto e orquestra”, uma sofisticada fusão entre sinfonia e lied (poema musicado, geralmente para cantor ou cantora e piano, surgido no período romântico) e considerava-a a sua criação mais pessoal.

Utilizou sete poemas de poetas chineses da dinastia Tang, traduzidos livremente para alemão por Hans Bethge. Os versos discorrem filosoficamente sobre a beleza terrena e a natureza transitória da vida humana, com as suas alegrias e misérias, ao que Mahler responde com música de grande sensibilidade e subtileza, criando uma das mais icónicas obras do Romantismo tardio.

A “Canção da Terra, Melodia da Humanidade” será interpretada pela a Camerata Nov’Arte, dirigida pelo maestro e professor da Universidade de Aveiro, Luís Carvalho, sendo solistas a mezzo-soprano Patrícia Quinta e o tenor Leonel Pinheiro. “Canção da Terra, Melodia da Humanidade” será interpretada a 15 de novembro, a partir das 21h30, na Casa da Cultura de Ílhavo. 

Os bilhetes, a 3€, estão disponíveis na Bilheteira Online.

 

(em actualização)