Estudante da UA garante prémio internacional.

Juliana Salvadorinho, estudante do programa doutoral em Engenharia e Gestão Industrial, arrecadou um prémio internacional, Best Thesis Award In Advances in Intelligence & Data For Industry, na International Conference on Innovation and Entrepreneurship in Marketing and Consumer Behaviour 2022.

Este prémio surge no âmbito da sua dissertação de mestrado, já anteriormente premiada, e que lhe valeu 20 valores.

Best Thesis Award In Advances in Intelligence & Data For Industry é a categoria do prémio internacional que Juliana Salvadorinho junta ao seu percurso académico. Este prémio é o resultado da sua dissertação de mestrado, apresentada em 2020, que obteve a nota máxima de 20 valores. A estudante voltou, dois anos depois, a apresentar a sua dissertação na International Conference on Innovation and Entrepreneurship in Marketing and Consumer Behaviour 2022 e o prémio que ganhou é a prova de que a nota foi merecida.

“O excesso de dados que fica muitas vezes sem qualquer valor agregado, por não serem recolhidos e analisados” representa “uma das maiores problemáticas que as organizações revelam aquando da inserção de uma estratégia digital”, explica Juliana Salvadorinho.

Foi com este problema em mente que a estudante de Engenharia e Gestão Industrial elaborou a sua dissertação de mestrado, em colaboração com a empresa OLI - Sistemas Sanitários, e sob orientação da docente Leonor Teixeira.

Com o tema “Sistemas de informação na indústria 4.0: mecanismos de apoio à transferência de dados para conhecimento em ambientes lean”, Juliana explica que o principal contributo deste trabalho passou pela criação de um “roadmap que as empresas devem adotar para uma estratégia digital bem sucedida, onde os dados ganham o formato de conhecimento”. A importância do seu trabalho reside na necessidade de desenvolver estratégias de “gestão de conhecimento” num paradigma tão volátil como o da indústria 4.0. A rotatividade de funcionários nas empresas é cada vez maior e “com a saída de pessoas das empresas, o conhecimento também se perde”, explica Juliana. “Criar vantagem competitiva" foi o objetivo do trabalho da estudante.

 

Um percurso reconhecido

 

Em relação aos prémios, Juliana diz que são “a validação do melhor que há em si”, fazendo jus à sua “constante resiliência em abraçar a excelência”, características necessárias para quem vive no mundo académico.

Este é o segundo prémio a surgir na sequência da sua dissertação de mestrado, depois de ter ficado em primeiro lugar numa Competição pertencente à 5th North American International Conference on Industrial Engineering and Operations Management (IEOM). Mas estes prémios não são novidade na vida de Juliana, que no seu currículo conta com mais 18 prémios, que vão desde premiações do seu mérito académico, um deles atribuído pela Universidade de Aveiro como melhor aluna finalista de Licenciatura e Mestrado Integrado em 2021, até prémios em outras conferências internacionais. 

A paixão pela Academia e a vontade de ter um impacto positivo no meio organizacional deram-lhe a motivação para continuar o trabalho que começou no mestrado e seguir para o doutoramento. Nesta aventura volta a trazer consigo a docente Leonor Teixeira, com quem diz fazer “uma equipa fantástica” e a quem lhe deve o caminho consistente que tem feito até agora.

A sua tese de doutoramento é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e o trabalho que desenvolve prende-se com a criação de estratégias “que mitiguem a problemática do turnover e da perda do capital do conhecimento organizacional”. A colaboração que mantém com o projeto Augmanty permite-lhe testar em contexto real as dificuldades do meio empresarial, através da OLI - Sistemas Sanitários, da IKEA Industry e da Bosch Termotecnologia.

Quanto a futuros prémios, a estudante diz que “o melhor prémio que poderá ter é contribuir o suficiente para colocar as pessoas no centro da inovação tecnológica.”

 

 

Texto e foto: UA