DGS: Mais de seis mil casos de Covid-19 no terceiro pior dia em número de mortos.

2020-11-26 15:04

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Portugal registou, esta quinta-feira, mais 82 óbitos, o terceiro pior registo da pandemia, no dia em que voltou a registar mais de seis mil novos casos de covid-19.

A quinta-feira costuma ser um dos dias com maior notificação de casos de covid-19 desde que há registos. Hoje, não foi exceção. Depois de quatro dias com números médios inferiores a cinco mil infeções, Portugal voltou a ultrapassar as seis mil infeções num período de 24 horas. Ao nível de mortalidade, os 82 óbitos do boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) afiguram-se como o terceiro pior registo de sempre, em igualdade com a nota de 11 de novembro, e só superado pelas 85 vidas perdidas anteontem e as 91 a 16 de novembro. O total vai 4209 vidas levadas pelo novo coronavírus.

Com mais 6383 novos casos, são agora 280394 as infeções anotadas desde o início da pandemia. Numa análise empírica aos números, a comparação entre esta quinta-feira e a anterior mostra um decréscimo de 611 casos, dos 6994 do dia 19, o pior registo de sempre, para os 6383 desta quinta-feira, um registo em linha com alguns dos mais pesados da pandemia.

A Região Norte, a mais afetada desde que acabaram as férias, registou mais de três mil casos pelo segundo dia consecutivo, em linha com a média da semana anterior. Com mais 3414 registos, são agora 146543 as infeções totalizadas na zona mais setentrional do país, onde foram notificados os dois primeiros casos, a 2 de março.

A Região Centro, também fortemente fustigada pela pandemia na primeira vaga, registou, esta quinta-feira, um novo máximo histórico, próximo dos mil casos diários. As 964 notificações do boletim mais recente da DGS elevam os números para 27419 na região.

No entorno da capital, foram ultrapassados os 94 mil casos, com o acrescento de 1782 nas últimas 24 horas, mais 240 infeções que as reportadas pela Região de Lisboa e Vale do Tejo, há oito dias.

A sul de Lisboa, o Alentejo acumulou mais 87 infeções, para um total de 5663 desde o início da pandemia, enquanto no Algarve ultrapassou os cinco mil casos, com os 85 registados nas últimas 24 horas (5036 no total).

Nas ilhas, os Açores registaram mais 35 novas infeções, para uma acumulado de 879, enquanto a Madeira tem agora um acumulado de 842 infeções, após o registo de mais 16 infeções.

Os Açores registaram, esta quinta-feira, duas vítimas mortais associadas à covid-19, os primeiros óbitos anotados em mais de cinco meses. A última vítima mortal havia sido registada a 12 de maio. São, agora, 17 as vidas perdidas para a covid-19 nos Açores.

Com 43 vítimas mortais registadas nas últimas 24 horas, a Região Norte contabilizou cerca de 52% do total de óbitos notificados nas últimas 24 horas, elevando o acumulado de mortos para 1985 (47% do total nacional).

A Região de Lisboa e Vale do Tejo, registou mais 26 óbitos, para um total de 1518 desde o início da pandemia, 36% do total nacional, enquanto a Região Centro, fustigada pela segunda vaga, depois de sofre bastante com a primeira, somou mais seis vidas perdidas para a covid-19 (537 desde março).

No Sul, perderam-se mais quatro vidas no Alentejo (106 no total) e mais uma (44 desde março) no Algarve. Na Madeira, nada de mortal a registar.

A pandemia está a ser particularmente fatal para os mais velhos. Os números desta quinta-feira são apenas mais um sublinhado na regra da covid: dos 82 óbitos, 50 (28 homens e 22 mulheres) tinham mais de 80 anos, o que corresponde a 61% do total nacional diário.

Ainda sem surpresa, o escalão imediatamente anterior, dos 70-79 anos, perdeu mais 25 vidas (14 homens e 11 mulheres), para um acumulado de 850 óbitos nesta faixa etária.

O divergente dos números, esta quinta-feira, é um pouco maior. São dois os óbitos, um homem e uma mulher, no escalão etário entre os 40-49 anos. A prova de que o SARS-CoV-2 não mata só os mais velhos são as 39 pessoas deste escalão etário que já perderam a vida por causas associadas à covid-19.

A faixa etária imediatamente acima, dos 50-59 anos, registou a perda de uma vida, um homem, enquanto o escalão etário dos 60-69 anotou mais quatro óbitos (três homens e uma mulher).