África…Terra Nova - XLVII
Em mais uma edição do África…Terra Nova", hoje o professor António Batel Anjo fala sobre a Alfabetização.
Alfabetização
O Dia Mundial da Alfabetização é celebrado em 8 de setembro, com o propósito de fomentar a alfabetização nos vários países, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) instituíram esta data em 1967.
O processo da aprendizagem de ler e escrever (alfabetização) está diretamente relacionado com o desenvolvimento de um país, conforme indicam pesquisas na área. Quanto mais pessoas analfabetas, menor é o índice de desenvolvimento.
Por esse motivo, nas últimas décadas vários países têm assumido o compromisso de combater o analfabetismo. Actualmente, a alfabetização atinge cerca de 85% da população mundial, de acordo com dados da ONU.
No entanto, estima-se que ainda existem quase 800 milhões de adultos no mundo que não sabem ler, escrever ou contar, e aproximadamente 250 milhões de crianças consideradas analfabetas funcionais (não conseguem interpretar os textos).
O objetivo não é apenas alfabetizar, mas fazer com que os jovens e adultos saibam interpretar um texto criticamente e que desenvolvam o prazer com a leitura.
Em Moçambique, historicamente, o ensino rudimentar estava entregue pelo Estado Português às missões católicas, e algumas estatísticas mostram que, cinco anos antes da independência (1970) apenas 0,77% da população africana frequentava o Ensino Primário. Em 1975, dos 3.800 estudantes no Ensino Superior, apenas 40 eram moçambicanos negros. No mesmo ano, a taxa geral de analfabetismo era de 93% entre a população com 7 anos ou mais. A seguir à independência, o Governo nacionalizou a Educação, passando esta a ser gratuita e aberta a todos os cidadãos – o que implicou imediatamente um esforço de alargamento da rede escolar no País, que ainda assim não conseguiu acompanhar a procura que surgia. Com esta política, a taxa de escolarização subiu 110%, e a percentagem de raparigas no sistema subiu de 33% em 1970 para 43% em 1980.
A redução da taxa de analfabetismo observada entre 2007 e 2017, que passou de 50% para 39%, pode ser atribuída mais ao efeito do aumento dos efectivos nos níveis Primário e Secundário, do que às actividades de Alfabetização e Educação de Adultos. O efeito da educação formal sobre o analfabetismo fica mais evidente quando se comparam as taxas de analfabetismo urbana (18%) e rural (50%), em 2017.
A queda média anual da taxa de analfabetismo de 1,1% é demasiado baixa. A este ritmo, seriam necessárias muitas décadas para erradicar, por exemplo, o analfabetismo feminino rural em Moçambique.
----------------------------------------
Música
Ghorwane é uma banda moçambicana formada em 1983. O nome da banda foi inspirado em um lago, do distrito de Chibuto.
https://www.youtube.com/watch?v=QENucypdwPY&list=RDda31agP-FoU&index=6
Este podcast tem áudios Registe-se para ouvir.
Episódios
-
Patinho Feio08.07.2015Ouvir
Os Patinho Feio passaram pela Rádio TerraNova para falarem de si e da sua atuação no Marolas 2015.
-
3ª edição das cicloficinas da Ciclaveiro08.07.2015Ouvir
Nesta conversa ficamos a saber mais sobre a Cicloficina (https://www.facebook.com/events/834326126643109/) e sobre o 1º Aveiro City Bike Experience (https://www.facebook.com/events/714885231973540/), actividades organizadas pela Ciclaveiro.
-
Amarra ao Cais23.06.2015Ouvir
À conversa com António Mortágua Soares sobre a o clube Amarra ao Cais Natação.
https://www.facebook.com/amarraaocais.natacao?fref=ts
http://www.amarra-ao-cais.pt/index.php
-
-
Filipa Peres - A107.05.2015Ouvir
Entrevista à bailarina, professora e directora artística Filipa Peres sobre o espectáculo A1 que sobe ao palco do Estaleiro Teatral de Aveiro, dias 8 e 9 de Maio. É interpretado por quatro bailarinos: Ana Teixeira, Claudinei Garcia, Nuno Gordo e Filipa Peres.