Um novo R no bom ambiente

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Um novo R no bom ambiente
09.11.2020

Certamente já ouviu falar da máxima “Reduzir, Reutilizar e Reciclar”. Estes são os três R’s que há muito entraram no nosso quotidiano, e que nos ajudam a poupar a carteira e o planeta. Hoje falamos de um quarto: R de Reparar.

Reparar é recuperar um equipamento, normalmente um electrodoméstico, que ainda está em condições operacionais mínimas, de forma a prolongar a sua vida útil, e com a funcionalidade original. Embora muitas vezes seja esquecido, convém relembrar que podemos e devemos reparar tudo! Máquinas de lavar, televisores, telefones, aspiradores, computadores… e até o rádio onde nos escuta agora.

Infelizmente, o aumento do poder de compra e a diminuição do preço dos electrodomésticos faz-nos muitas vezes comprar um produto novo e descartar o avariado, e nem sequer ponderamos a sua reparação. Isto tem um custo muito elevado no ambiente, uma vez que gera fluxos enormes de resíduos difíceis de tratar.

Por isso, na hora de comprar, pense que é sempre preferível pagar um pouco mais por um electrodoméstico que dure mais tempo, e que seja passível de reparação mesmo fora da loja onde o adquiriu. Desta forma, estará não só a ajudar o ambiente, mas também todo o pequeno comércio dedicado à reparação de electrodomésticos, que tanto perdeu com o advento das coisas descartáveis!

Fique ainda com esta curiosidade: a cultura japonesa há muito tempo que valoriza a reparação de objectos cerâmicos partidos – é a técnica de kintsugi. Há uma filosofia por detrás: ao reparar a peça, está-se a aceitar o seu desgaste natural e a prolongar o seu papel na nossa vida.

Não deveríamos proceder assim com tudo o que temos à mão…?

Flávio Silva

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Ambiente um minuto
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Horário11:00às11:00

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    Porque nos preocupam os microplásticos nos sistemas aquáticos
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    07.04.2019

    Os plásticos, em particular os microplásticos (partículas com dimensão inferior a 5 mm), são poluentes ubíquos e persistentes que constituem uma preocupação científica e social emergente. A sua elevada aplicação e uso, aliadas a uma gestão inadequada, contribuíram para a sua acumulação nos sistemas aquáticos, podendo atingir elevadas densidades. Os microplásticos, podendo-se apresentar em diversas cores e formas (como fibras, pellets e fragmentos), podem resultar da fragmentação de macroplásticos ou podem efetivamente ser produzidos com dimensão micro.

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    Qual o impacto dos incêndios na qualidade da água?
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    31.03.2019

    Os incêndios florestais desempenham um papel importante na produção e mobilização de poluentes, os quais se encontram sobretudo associados às cinzas. Assim, promovida pela chuva, a entrada de cinzas em rios e albufeiras, poderá provocar efeitos tóxicos nas espécies que lá habitam e afetar as várias funções desempenhadas pelo ecossistema. Além disso, estes poluentes podem representar um risco preocupante para a saúde humana, quer pelo consumo de água, quer pelo consumo de peixe contaminado.

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    A ONU define como 6º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: “Água limpa e Saneamento”.
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    25.03.2019

     A água limpa e acessível para todos é um direito fundamental de qualquer ser humano. No nosso planeta existe água suficiente para dar resposta a este direito. O problema reside na qualidade dessa água; o Homem nas suas diversas atividades em que consome água, vai alterando a sua composição condicionando a sua posterior utilização. Naturalmente que se reduzirmos o consumo de água, se a descartarmos adequadamente e ela for devidamente tratada, conseguimos que a relação Homem-água seja mais harmoniosa e não hipotecaremos o futuro nesta matéria.

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    O que é isso de economia circular?
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    18.03.2019

    Economia Circular é um conceito complexo que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.

    Inspira-se na natureza e no modo como ela gere a longo prazo os recursos, num processo contínuo de regeneração.

    Mas economia circular é mais do que gerir convenientemente os resíduos ou desperdícios.

    A economia circular:

    - passa por adotar novos modelos de negócio, por exemplo, em vez de comprar um corta-relvas, um berbequim ou mesmo um carro, alugar os equipamentos pelo tempo que precisamos.

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    Projeto Claircity – como podemos nós melhorar a qualidade do ar que respiramos
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    11.03.2019

    Projeto ClairCity – como cada um de nós pode melhorar a qualidade do ar que respiramos

    A Poluição atmosférica é o fator ambiental com maior impacto na saúde humana em Portugal e no mundo. Cada um de nós contribui diretamente no seu dia-a-dia para este problema, com as escolhas que fazemos e os comportamentos que adotamos. Mas cada um de nós pode ser parte da solução para melhorar a qualidade do ar e reduzir a pegada de carbono.

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